Medo de quedas associado a fatores socidemográficos e de saúde em mulheres na pós-menopausa
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Marquioli, Júlia Marson
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Resumo: Introdução: O medo de quedas é definido como uma preocupação provocada por uma queda, ou antes de cair e pode causar declínio no desempenho físico e funcional Mulheres na pós-menopausa apresentam alterações osteomusculares e somatossensoriais, estando assim expostas a um risco aumentado de sofrer quedas e consequente medo de quedas A maioria dos estudos sobre o medo de quedas tem como população indivíduos idosos, porém poucos abrangem uma população mais jovem (abaixo de 6 anos), sendo portanto necessário investigar os possíveis fatores associados ao medo de quedas nessa faixa etária Objetivo: Avaliar o medo de cair em mulheres na pós-menopausa e a associação com aspectos sociodemográficos e condição de saúde Método: Estudo transversal com a participação de mulheres na pós-menopausa, com idade entre 5 e 65 anos e em amenorreia há pelo menos 12 meses A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista e as participantes responderam a um questionário contendo aspectos sociodemográficos, antropométricos, condição de saúde, frequência de quedas nos últimos doze meses, nível de atividade física, avaliado pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) e avaliação do medo de quedas pela Falls Efficacy Escale International (FES-I-BRASIL) As análises de contingência, com os testes Qui-quadrado (X2) e Exato de Fisher, foram utilizadas para verificar as associações entre as variáveis categóricas A análise de regressão logística binária foi utilizada para definir as variáveis significativas do medo de quedas em mulheres na pós-menopausa, apresentando Odds ratio (OR) e Intervalo de Confiança (IC) de 95% O nível de significância estatística adotado foi de 5% (p< ,5) Resultados: Participaram do estudo 286 mulheres com média de idade de 57,64 ± 4,29 anos e tempo médio de menopausa de 8,58 ± 5,55 anos Do total, 123 (43%) apresentavam medo de quedas, 16 (55,9%) viviam com companheiro, 24 (71,3%) eram de cor branca, 239 (83,6%) com cinco ou mais anos de estudos, e 144 (5,3%) que referiram trabalhar sem remuneração Não foi encontrada diferença significativa entre o medo de quedas e as variáveis sociodemográficas e o nível de atividade física Foram encontradas associações estatisticamente significantes da presença do medo de quedas com o Índice de Massa Corpórea (IMC) (p=,39), com a presença de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (p=,1), doenças reumáticas (p=,5), depressão (p=,13), uso de cinco ou mais medicamentos (p=,47), com o uso de psicotrópico (,1), anti-hipertensivo (p<,1) e anti-inflamatório (p=,2); além dessas variáveis, verificou-se significante associação entre o medo de quedas e a ocorrência de quedas em 12 meses (p=,4) Conclusão: Verificou-se alta prevalência do medo de quedas em mulheres na pós-menopausa e sua associação com a presença de HAS, doenças reumáticas, depressão, o uso de cinco ou mais medicamentos, com os tipos de medicamentos, e com a ocorrência de quedas em 12 meses Verifica-se a necessidade de implantação de medidas preventivas para essa população
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Palavras-chave
Pós-menopausa, Quedas (Acidentes), Medo, Fisioterapia, Postmenopause, Fall (Acidents), Fear