Primeiro ano pós-parto : seguimento na atenção primária, procura por cuidado e autocuidado

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Quirino, Áurea Fabrícia Amâncio

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Resumo

Resumo: O puerpério remoto é um período de grande vulnerabilidade Objetivou-se analisar os fatores que influenciam o seguimento, a procura por cuidado e o autocuidado de mulheres assistidas pela atenção primária no puerpério remoto Trata-se de estudo de coorte prospectivo embasado no referencial teórico-metodológico do Autocuidado de Orem Compuseram a amostra 31 puérperas Realizou-se a coleta dos dados entre julho de 213 e março de 215, dividida em quatro etapas A primeira foi conduzida durante a internação hospitalar, envolvendo a identificação da mulher e consulta aos prontuários sobre o parto e puerpério imediato A segunda envolveu o retorno ambulatorial dez dias após alta hospitalar Na terceira, procedeu-se a primeira visita domiciliar (VD) 42 dias após o parto e na quarta etapa, foco desta investigação, realizou-se a segunda VD, um ano após o parto Utilizou-se a técnica de entrevista estruturada para a coleta de dados, com registro em formulário semiestruturado Busca de associações entre as variáveis independentes e dependentes [visita domiciliar de profissional de saúde entre 43 dias e 12 meses decorridos do parto, agendamento da revisão puerperal remota, prática do autocuidado] distribuídas nas exigências universais, de desenvolvimento e de desvio de saúde Utilizou o Teste Qui-quadrado (p = ,5) e o Teste de Spearman para o entendimento das possíveis correlações As características sociais evidenciaram mulheres jovens adultas (88,3%) e adolescentes (11,6%); com companheiro (81,9%); escolaridade média (7%); renda entre um e dois salários-mínimos (4,3%); retorno ao trabalho após quatro meses de licença maternidade (45,2%) e em período inferior (14,4%) A maioria utilizava tabaco e álcool, socialmente Encontrou-se significância estatística nos seguintes itens: ter adoecido (p = ,24); dificuldade para urinar (p = ,11); autopercepção de doença depressiva (p = ,7); realização de ações para melhorar os sinais e sintomas de depressão (p = ,7); citologia oncótica (p = ,); procura por cuidado até 42 dias após o parto (p = ,31) e entre 43 dias e um ano após o parto (p = ,12); satisfação com atendimento multiprofissional (p = ,1), médico (p = ,), de enfermagem (p = ,) e as variáveis dependentes [visita domiciliar e agendamento da revisão puerperal remota] O Coeficiente de Spearman evidenciou correlação muito forte entre realização de revisão puerperal precoce domiciliar (RPP) e agendamento da revisão puerperal tardia na Unidade Básica de Saúde (UBS) na RPP (r = ,953) Dificuldades para a prática do autocuidado (74,8%) foram evidentes Houve associação significativa em termos de idade (p = ,43); renda familiar (p = ,45); apoio do governo (p = ,25); cuidar de si (p = ,42); ingerir frutas (p = ,39); dormir bem (p = ,5); lazer (p = ,17), retorno aos estudos (p = ,36); falta de interesse em si própria (p = ,2); tipo de parto (p = ,38); laceração e/ou episiorrafia (p = ,46) e a [prática do autocuidado] Concluiu-se que houve seguimento das mulheres na atenção primária, principalmente das ações programáticas no pré-natal, alta hospitalar e nos períodos puerperais precoce e tardio O puerpério remoto foi caracterizado pelo abandono assistencial, sendo que, quando o cuidado ocorreu, foi direcionado à criança A procura por cuidado evidenciou a tentativa das mães de suprir a demanda de seus filhos, em detrimento das próprias A prática do autocuidado foi relativamente influenciada por determinantes tanto sociais como presentes nas exigências universais, de desenvolvimento e de desvio de saúde propostas por Orem

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Palavras-chave

Cuidado pós-natal, Enfermagem na saúde e higiene da mulher, Visita domiciliar, Serviços de saúde para mulheres, Puerperal care, Home-based family services, Women's health services

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