Papel do estresse oxidativo na atrofia e proteólise do músculo esquelético no enfisema pulmonar induzido pela papaína

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Resumo: O objetivo deste estudo foi estabelecer um modelo experimental adequado de enfisema pulmonar associado às modificações musculoesqueléticas em estágios precoces da doença, assim como comparar as consequências musculares do enfisema pulmonar induzido por papaína e elastase Foram utilizados hamsters Syrian Golden machos (1-14g) distribuídos em diferentes grupos de acordo com o tempo experimental (tempo de sacrifício após a instilação de elastase aos 1, 2, 4 ou 7 dias, E1, E2, E4 ou E7/EE, respectivamente) e papaína (7 dias, EP); e enzima administrada (4mg/ml de papaína em salina ou 5,2 UI de elastase pancreática suína em salina) com seus respectivos controles (C1, C2, C4, C7/CS) sendo instilados ,3 ml da solução por animal Após o tempo experimental, os animais foram pesados para avaliação do índice de caquexia (IC) e sacrificados O lobo médio do pulmão direito foi coletado para análise histológica e quantificação do enfisema pulmonar O gastrocnêmio foi retirado para análise morfométrica da fibra muscular, massa muscular, relação da massa muscular com a massa corporal total (MM/MT), lipoperoxidação por quimiluminescência (QL), proteínas carboniladas (PC), glutationa total (GST) e oxidada (GSSG), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e atividade proteolítica quimiotripsina-like e calpaína-like Ao compararmos os grupos 7 dias (CS, EE e EP) foi verificado diminuição dos interceptos alveolares no EE e EP em relação ao CS (CS: 764 ± 58; EE: 4817 ± 116; EP: 5156 ± 49; p<,5) Quando comparado ao CS, houve uma redução da massa muscular no grupo EP (18,34%) e aumento no grupo de EE (8,37%), bem como da relação MM/MT Além disso, a reação de QL, PC e atividade quimotripsina-like foram elevadas no grupo EP, assim como a GST diminui no EE O grupo EE mostrou crescente número de fibras com aumento das áreas transversais e da atividade calpaína-like Na comparação com seus respectivos controles, os grupos com enfisema pulmonar (E1, E2, E4 E E7) apresentaram diminuição significativa do número de interceptos alveolares O IC foi de 9,7 ± 1,64% e 1,81 ± 1,55% nos grupos E1 e E2 A frequência de distribuição das áreas transversais das fibras se mostrou diferente entre os grupos 2, 4 e 7 dias Além disso, TBARS, relação entre a GST e GSSG, reação de QL e PC não mostraram diferenças significativas A atividade calpaína-like foi significativamente reduzida no grupo E4 Estes dados nos permitem concluir que a elastase e a papaína, quando utilizadas para induzir modelos experimentais de enfisema, levam há diferentes tempos e velocidades de adaptação muscular, fornecendo informações sobre a escolha de um modelo experimental adequado Em adição, o modelo por elastase leva a adaptação muscular precoce, com ausência de atrofia e sem envolvimento direto do estresse oxidativo neste processo

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Palavras-chave

Enfisema pulmonar, Papaína, Estresse oxidativo, Elastase, Sistema musculoesquelético, Emphysema, Pulmonary, Papain, Oxidative stress, Musculoskeletal system

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