Metodologia analítica na determinação de micotoxinas e microcistina em piscicultura

Data

2022-09-20

Autores

Bae, Fabiana Akemi Hirata

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Resumo

A piscicultura nacional vem se fortalecendo com o incentivo e aumento do consumo de peixe, sendo a qualidade da carne dependente da alimentação dos animais. O cereal predomina na formulação de ração, cuja susceptibilidade à contaminação por fungos micotoxigênicos implica na ingestão indireta de micotoxinas através do peixe, sendo este consumido como produto de origem animal. Além das toxinas apresentarem efeito agudo afetando a função hepática e renal ao consumidor, o consumo em baixas doses poderia causar efeito crônico indesejável à saúde humana, neste sentido a importância do monitoramento de ração. O aumento do teor de nitrogênio e fósforo advindas da ração na água dos tanques, pode desencadear eutrofização e consequente fenômeno de floração de cianobactérias, responsável por sabor desagradável ao pescado, e produção de microcistina hepatotóxica. Visando contribuir na análise de toxinas naturais presentes em níveis residuais, este trabalho teve como objetivo principal a aplicação de métodos cromatográficos com ênfase à aplicação de cromatografia liquida de ultra eficiência acoplada a espectrometria de massas - UHPLC-MS/MS para micotoxinas em ração (aflatoxinas, fumonisinas e deoxinivalenol), cromatografia líquida de alta eficiência acoplada ao detector de fotodiodos - HPLC-PDA para microcistina LR em água e também o método de imunoensaio para análise de microcistina LR em água, sendo as amostras oriundas de piscicultura da região do município de Londrina, Norte do Paraná e município de Araguaína, Norte de Tocantins. As extrações empregadas no trabalho foram pré concentração em cartucho C18 (SPE) para as amostras de água, e extração QuEChERS para amostras de ração. Das 36 amostras de água apenas três foram quantificadas para microcistina LR. Já as amostras de ração 84 % foram positivas para fumonisina B1, 100 % para fumonisina B2, e 80 % para Deoxinivalenol. Os resultados indicaram que as pisciculturas estão ausentes de contaminação por microcistina LR, diferentemente dos valores de micotoxinas encontradas em amostras de ração, que apesar de estarem contaminadas apresentaram valores dentro do limite aceitável pela legislação.

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Palavras-chave

Cromatografia, Micotoxina, Microcistina, Ração, Água, Peixe

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