Autoeficácia materna na amamentação de mães de bebês prematuros : estudo de método misto

Data

2024-07-12

Autores

Silva, Isabella Vicente da

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Resumo

Introdução: Embora seja conhecida a importância do aleitamento materno entre os bebês prematuros, o desmame precoce ainda é frequente nesta população. A autoeficácia materna é um fator que contribui para o sucesso da amamentação e pode ser avaliada por meio da Breastfeeding self-efficacy scale – short form (BSES-SF) em mães de bebês prematuros e/ou doentes. Objetivo: Compreender as experiências de aleitamento materno das mães de bebês nascidos pré-termo e sua relação com os escores de autoeficácia materna para amamentação obtidos pela escala BSES-SF. Método: Trata-se de um estudo de método misto com abordagem sequencial explanatória (QUAN-QUAL) realizado em dois hospitais públicos, nos estados do Paraná e Goiás. Participaram da etapa quantitativa 302 mães de bebês prematuros e/ou doentes e destas, 16 mães de prematuros foram entrevistadas por meio de um roteiro semiestruturado. A variável desfecho autoeficácia foi analisada quanto à sua associação com 16 variáveis preditoras: anos de estudo, situação conjugal, renda familiar, idade materna, ocupação materna, realização de pré-natal, orientação sobre aleitamento materno no pré-natal, via de parto atual, gestação anterior, amamentação anterior, idade gestacional de nascimento, peso de nascimento, unidade de internação do recém-nascido, dias de internação, alimentação após o parto e alimentação do recém-nascido na alta hospitalar Estas variáveis com p valor = 0,20 foram analisadas pela regressão multivariada de Poisson com variância robusta e considerou-se significativa aquelas com p< 0,05. Na etapa qualitativa foi utilizada a análise de conteúdo de Bardin com referencial teórico proposto por Albert Bandura em sua Teoria Social Cognitiva. A mixagem dos dados ocorreu através da fusão e foram apresentadas por meio de meta-inferências em um Joint display. Resultados: Observou-se que os fatores que estão associados à autoeficácia materna podem ser avaliados pela BSES- SF em mães de bebês prematuros e/ou doentes, no entanto, não devem ser limitados somente à escala, devendo o profissional estar atento a outros fatores, tais como a rede de apoio materna e a busca por informações sobre AM além do pré-natal, a produção de leite materna, às experiências pessoais e vicárias com a amamentação e a experiência em amamentar o prematuro, à instabilidade clínica do RN prematuro e suas peculiaridades e como ela influencia a autoeficácia materna e a separação entre mãe e bebê imediatamente após o nascimento. Considerações finais: Verificou-se neste estudo que o maior Breastfeeding self-efficacy scale – short form em mães de bebês prematuros e/ou doentes é a contemplação de um construto, a autoeficácia materna, que é modificável durante o manejo e estabelecimento da amamentação a depender do contexto e realidade materna junto ao seu filho prematuro. No entanto, sugere-se a necessidade de novos estudos à respeito do ponto de corte desta escala para classificação de mães de prematuros no contexto brasileiro.

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Palavras-chave

Enfermagem neonatal, Aleitamento materno, Recém-nascido prematuro, Aplicativo móvel, Teoria social cognitiva

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