Masculinidades e trajetórias de vida: vulnerabilidades de homens heterossexuais vivendo com HIV
Data
2025-02-21
Autores
Soler, Isadora Rocha
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Resumo
Pandemias são vivenciadas de modo intempestivo na história, a peste bubônica, a cólera, a gripe espanhola, a COVID, entre outras doenças que assolaram uma parcela considerável da população mundial, carregam consigo aspectos simbólicos relacionados ao medo, morte e caos. Neste cenário, destaca-se a epidemia da AIDS como um fenômeno social e político carregado de estigmas e noções distorcidas, o que remete a importância de debater sobre as dinâmicas de infecção do HIV e as condições que implicam em vulnerabilidades na população. Nesta conjuntura, destaca-se o fato de que dados epidemiológicos indicam aumento significativo de homens heterossexuais vivendo com HIV, devido também às noções hegemônicas de masculinidade que os constituem. Logo, esta pesquisa de mestrado analisa, sob o enfoque da psicologia social, mais especificamente da interlocução com estudos sobre masculinidades em uma perspectiva interseccional, as dimensões que implicaram em vulnerabilidades à infecção e a reinfecção pelo HIV nas trajetórias de vida de homens heterossexuais vivendo com HIV. O percurso metodológico traçado nesta pesquisa se refere à história oral, sendo que neste viés as narrativas dos sujeitos se constituem enquanto elementos relevantes e principais, sendo estas acessadas por meio de entrevistas semiestruturadas com os homens participantes da pesquisa. Logo, a história oral problematiza marcadores culturais, estruturas sociais, processos históricos, relações interpessoais que se tecem no cotidiano. Nesta perspectiva, foram entrevistados três homens heterossexuais vivendo com HIV. A pesquisa está organizada em três capítulos. O primeiro capítulo trará os itinerários metodológicos da investigação, em destaque o debate sobre o método das “histórias de vida”, bem como a localização breve das histórias dos homens entrevistados. O segundo capítulo debaterá acerca do processo de construção social da AIDS, problematizando também dinâmicas de infecção do HIV na população, em destaque em homens heterossexuais. No terceiro capítulo será analisado o campo de estudos das masculinidades (hegemônicas e subalternizadas), a partir de um sistema de sexo-gênero. Destaca-se que trechos de falas dos homens entrevistados serão articuladas aos debates teóricos ao longo dos capítulos 2 e 3, não havendo um capítulo específico para análise dos conteúdos obtidos nas entrevistas. Por fim, são apresentadas as considerações provisórias e parte das reverberações dessa investigação.
Descrição
Palavras-chave
Masculinidade, AIDS, Vulnerabilidades