Taxa de lucro e propensões a poupar em um modelo pós-keynesiano com agentes heterogêneos de vida infinita e capital humano
Data
2025-02-20
Autores
Andrade, Ruan Ricci de
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Resumo
O presente trabalho investiga a taxa de lucro e as propensões a poupar em um modelo pós-keynesiano que incorpora agentes heterogêneos de vida infinita e capital humano. O estudo estende o modelo de Faria (2001) para incluir capital humano de Lucas Junior (1988), permitindo uma análise mais abrangente dos impactos das decisões de consumo, poupança e investimento em educação dos trabalhadores e capitalistas no crescimento econômico e na acumulação de capital físico e humano. Os resultados demonstram que, mesmo com a introdução do capital humano, a taxa de lucro de equilíbrio de longo prazo continua sendo determinada pela taxa de preferência intertemporal dos agentes, independentemente da função de produção adotada. Além disso, a Equação de Cambridge mantém sua validade no modelo ao determinar a propensão a poupar dos capitalistas, reforçando a sua importância no equilíbrio econômico. A introdução do capital humano altera o problema do trabalhador representativo, aumentando sua propensão a poupar para compensar a redução temporária da renda gerada pelo investimento em educação. No entanto, os capitalistas continuam poupando mais que os trabalhadores, invalidando o "Teorema Dual" e garantindo a viabilidade da distinção entre as duas classes econômicas. A alocação ótima de tempo entre trabalho e estudo é influenciada pela taxa de lucro e pela eficiência do aprendizado. O presente trabalho não apenas reforça a viabilidade da integração entre as abordagens neoclássica e pós-keynesiana, mas também abre espaço para extensões que permitam o desenvolvimento de modelos mais abrangentes e alinhados às complexidades das economias reais.
Descrição
Palavras-chave
Equação de Cambridge, Taxa de lucro, Propensão a poupar, Capital humano, Modelo pós-keynesiano, Economia regional, Consumo (Economia), Poupança e investimento, Capitalistas e financistas, Desenvolvimento econômico, Equilíbrio econômico, Trabalhadores