Variabilidade da frequência cardíaca, estresse e capacidade para o trabalho em profissionais da higiene hospitalar

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Hayashi, Fernando Yoshio

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Resumo

Resumo: Introdução: A carga de trabalho dos profissionais da higiene hospitalar pode causar o estresse mental e físico, promovendo aumento do risco de doenças cardiovasculares Estudos recentes têm demonstrado que a diminuição da variabilidade da frequência cardíaca está relacionada ao maior índice de morbimortalidade cardiovascular Objetivo: Analisar o estresse mental e a variabilidade da frequência cardíaca, bem como a associação entre esses desfechos com fatores sociodemográficos, de hábitos de vida, ocupacionais e com a capacidade para o trabalho em profissionais da higiene de um hospital escola público terciário Método: Foi realizado estudo transversal, com a participação de 54 indivíduos, com idade entre 22 e 54 anos, de ambos os sexos Os trabalhadores responderam ao questionário sociodemográfico, ocupacional e de hábitos de vida, escala de estresse no trabalho (EET) e o índice de capacidade para o trabalho (ICT), e avaliou-se a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), por meio do monitor de frequência cardíaca Polar V8, antes e após a jornada laboral O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade Estadual de Londrina Os dados do monitor de frequência cardíaca foram exportados para a filtragem de dados por meio do software Polar Flow e a análise da VFC foi realizada por meio do software Kubios HRV Os parâmetros para a avaliação da VFC foram as estatísticas no domínio do tempo - a raiz quadrada da média do quadrado das diferenças dos intervalos RR normais adjacentes (rMSSD) e a porcentagem de intervalos RR adjacentes com diferença de duração maior que 5 ms (pNN5) - e no domínio da frequência - frequência alta (HF), frequência baixa (LF) e razão LF/HF Para a análise estatística, foram utilizados o teste de Wilcoxon para comparar os testes no início e no final da VFC; Mann-Whitney e Kruskal-Wallis, para comparação entre a EET e VFC com os fatores sociodemográficos, de hábitos de vida e ocupacionais; e o coeficiente de correlação de Spearman na análise entre as variáveis Resultados: Constatou-se que 5% dos trabalhadores apresentaram nível médio de estresse e 18,5% alto estresse No ICT, 81,5% apresentaram capacidade boa ou ótima para o trabalho Foram encontradas associações significativas entre maior nível de estresse com o sexo feminino, com o estado civil casado e indivíduos mais jovens Comparando-se os testes da VFC realizados no inicio e no final da jornada de trabalho, houve diminuição dos valores no teste final, com significância estatística para pNN5, LF e HF Na análise de correlação, houve correlação fraca entre o ICT e o delta de pNN5 (r=-,293, p<,5) Na correlação com a dimensões do ICT, houve significância de fraca magnitude (-,383= r =-,286, p<,5) entre a capacidade para o trabalho atual com EET, e com deltas de rMSSD, pNN5, LF; entre a capacidade física e mental com delta de pNN5; entre recursos mentais e EET; e entre o prognóstico futuro com o delta de pNN5 Conclusão: Os resultados demonstraram correlação fraca entre a redução da atividade parassimpática e a diminuição da capacidade para o trabalho Apesar das evidências da alteração na capacidade para o trabalho e da atividade autonômica dos trabalhadores serem discretas, revela-se a necessidade de intervenções e medidas preventivas no ambiente laboral

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Palavras-chave

Avaliação da capacidade de trabalho, Stress ocupacional, Saúde e trabalho, Work capacity evaluation, Health and work, Occupational stress

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