Invisibilidade das favelas de Londrina nos dados censitários do IBGE : implicações nos diagnósticos urbanos de vulnerabilidade

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Castro, Letícia de

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Resumo: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, uma das principais fontes de dados populacionais e urbanos das cidades brasileiras, possui uma metodologia de recenseamento em áreas de favelas que pode distorcer a realidade das mesmas, quando os dados são espacializados em setores censitários comuns Em Londrina, no ano de 21, foram identificadas 59 favelas pelo Plano Local de Habitação e Interesse Social – PLHIS, enquanto que o resultado do censo deste mesmo ano não delimitou e publicou nenhuma delas Assim, a presente pesquisa objetiva aferir se os dados IBGE, espacializados em setores censitários, representam as condições de infraestrutura urbana destas favelas conforme o PLHIS, a partir da construção de um Índice de Vulnerabilidade Infraestrutural que foi aplicado para os dois recortes espaciais – setores censitários e favelas Para o cálculo deste índice, foram selecionados indicadores que são comuns às duas fontes de dados – IBGE (21) e PLHIS (211), para que estes possam ser comparados e assim identificar os conflitos Houve discrepância de resultados em aproximadamente 2/3 das favelas londrinenses, pois estas não tiveram suas condições de vulnerabilidade representadas no recorte dos setores censitários Como as favelas daquele ano estavam localizadas sobretudo em áreas de preservação ambiental e todas apresentaram algum grau de vulnerabilidade infraestrutural, foi construído um Índice de Vulnerabilidade Ambiental para estas favelas, com os dados de 21 do PLHIS, possibilitanto a identificação de 19 favelas com graves condições de vulnerabilidade infraestutural e também risco à inundação e movimentos de massa No intuito de analisar as condições ambientais das favelas atuais, foi realizado um diagnóstico de riscos à inundação e movimentos de massa nestes espaços com informações de 217, identificando 19 favelas com graves condições de risco, onde vivem cerca de 1841 moradores Por último, ampliou-se a escala espacial de análise para o espaço da favela Marieta, que permitiu examinar as diferentes situações de vulnerabilidade neste ambiente e também os domicílios com situações mais graves Os diferentes recortes espaciais e temporais e as diferentes fontes dos dados permitiram o refinamento dos diagnósticos de vulnerabilidade nas favelas de Londrina

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Palavras-chave

Geografia urbana, Favelas, Londrina (PR), Setores censitários, Urban geography - City, Slums, Londrina (PR), Census districts

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