Avaliação da citotoxicidade e genotoxicidade dos compostos LQFM20 e LQFM23 em células HUH7 in vitro

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Ribas, Mariana Stinglin Rosa

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Resumo: O cilostazol e a milrinona são drogas inibidoras da fosfodiesterase 3, agentes vasodilatadores potentes usados para controlar doenças cardiovasculares No entanto, a administração destes medicamentos pode levar a efeitos colaterais como cefaleia, taquicardia, palpitações, entre outras patologias relacionadas Diante disto, há a necessidade de se investigar novos compostos que minimizem estes efeitos com mais efetividade terapêutica Avaliando esta necessidade, a partir da hibridização molecular do cilostazol e da milrinona, foram desenvolvidos os protótipos LQFM2 e LQFM23, no Laboratório de Química Farmacêutica Médica (LQFM) da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Goiás, Brasil Estes compostos têm como principal característica diferirem molecularmente pela presença de diferentes radicais na unidade fenilpirazol, o que faz com que apresentem diferenças físicas e químicas como formulação empírica, peso molecular, ponto de fusão e rendimento de reação Sabendo da importância de se avaliar o perigo de novos compostos o presente trabalho investigou a citotoxicidade, genotoxicidade, interferência na produção de espécies reativas e o processo de migração celular destes dois compostos em células HuH7 in vitro Para avaliação da citotoxicidade foram realizados os ensaios de MTT, Vermelho Neutro (VN) e LDH com as concentrações seriadas entre 5 e 45µM A partir dos resultados destes ensaios foram selecionadas concentrações citotóxicas para a quantificação de espécies reativas intracelulares (sonda CM-H2DFCDA), morte celular (apoptose e necrose) e genotoxicidade (ensaio cometa) Os resultados obtidos foram avaliados estatisticamente pelo teste de normalidade de Shapiro-Wilk e posteriormente analisados por análise de variância (ANOVA), seguido de pós teste de Tukey Os dados não paramétricos foram avaliados pelo teste de Kruskall-Wallis seguido de pós teste de Dunn Nenhum dos compostos avaliados levou à diminuição de 5% da viabilidade celular nos ensaios de MTT e VN O composto LQFM2, apenas na concentração de 3µM, induziu a citotoxicidade pelo ensaio do MTT; no ensaio do VN, a citotoxicidade ocorreu a partir de 15µM O composto LQFM23 para HuH7 no ensaio MTT apresentou citotoxicidade à partir de 3 µM e no ensaio de VN à partir de 5 µM No ensaio LDH, apenas LQFM23 demonstrou citotoxicidade significativa na concentração de 4µM As avaliações de espécies reativas intracelulares, morte celular e genotoxicidade indicaram que os compostos avaliados não induziram danosContudo a atividade migratória da célula HuH7 foi inibida após 12 e 24 horas de tratamento com LQFM2 nas concentrações de 15µM e 4µM e com LQFM23 na concentração de 4 µM, o que sugere que ambos compostos possuem perfil a quimioterápicos para serem usados como co-adjuvantes no tratamento de hepatocarcinoma Os resultados demonstraram que em nenhuma das concentrações estudadas os compostos LQFM2 e LQFM23, reduziram 5% da viabilidade celular, característica importante para possíveis fármacos de uso clínico Diante dos dados obtidos e da ausência de relatos na literatura, sugere-se a realização de novas investigações para compreensão dos mecanismos de ação de ambos os compostos, que serão fundamentais para avaliar suas possíveis ações terapêuticas

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Palavras-chave

Mutagênese, Citotoxicidade, Células cancerosas, Mutagenesis, Cytotoxicity, Cancer cells

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