Contribuições da teoria das molduras relacionais para o ensino de analogia a pessoas autistas
Data
2025-08-11
Autores
Yamaura, Luciana Parisi Martins
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Resumo
A Teoria das Molduras Relacionais (Relational Frame Theory – RFT) constitui um modelo teórico no campo da análise do comportamento que descreve o comportamento relacional derivado, oferecendo fundamentos conceituais e empíricos para a investigação da formação de redes relacionais e de relações derivadas entre estímulos. O presente estudo tem como foco a aplicação da RFT no ensino de analogias a crianças autistas, considerando-se a relevância crítica da competência em analogias para a adaptação social e o desempenho acadêmico, bem como a dificuldade frequentemente observada em indivíduos autistas no que diz respeito à compreensão de linguagem figurada. O Estudo 1 consistiu em uma revisão sistemática de literatura que teve como objetivo identificar e sistematizar estudos empíricos baseados na RFT que ensinaram comportamentos analógicos ou metafóricos a crianças e adolescentes. Foram selecionados nove estudos e os resultados indicaram que as estratégias de ensino baseadas na RFT são eficazes para ensinar comportamento analógico e metafórico para essa população, incluindo participantes com desenvolvimento atípico. O Estudo 2 consistiu em um estudo experimental e teve como objetivo avaliar a eficácia de um procedimento de avaliação relacional (REP), baseado na RFT, sobre a aprendizagem de respostas analógicas em crianças autistas. O estudo utilizou um delineamento de linha de base múltipla, com cinco participantes com diagnóstico de TEA, com idades entre 5 a 7 anos. O procedimento incluiu uma avaliação pré-intervenção, linha de base (com teste e sonda pré-treino), intervenção (treino de analogia - DA e treino DA com feedback extra - DA + F) e testes pós-treino. Os resultados indicaram aquisição de repertório por quatro dos cinco participantes (P1, P2, P3 e P4), corroborando achados de investigações recentes que demonstraram eficácia de intervenções similares para essa faixa etária. Verificou-se a necessidade de adaptações individualizadas na aplicação do REP. Os resultados permitem concluir que o REP foi adequado para promover a aprendizagem de relações analógicas em crianças autistas
Descrição
Palavras-chave
Relacionar relações, Procedimento de avaliação relacional, Linguagem figurada, Autismo, Análise do comportamento aplicada, Transtorno do espectro autista (TEA)