Efeito de duas ordens de execução de treinamento resistido sobre a força muscular, composição corporal, qualidade muscular e fatores de risco cardiometabólico em mulheres idosas

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Bortoloti, Durcelina Schiavoni

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Resumo: Introdução: A prática regular de exercícios resistidos tem sido recomendada para idosos, visto que o treinamento resistido (TR) pode atenuar ou, até mesmo, reverter parte dos efeitos deletérios à saúde associados ao processo de envelhecimento Entretanto, as modificações acarretadas pelo TR podem ser influenciadas pela forma de manipulação das variáveis que compõem os programas de treinamento Nesse sentido, a ordem de execução dos exercícios em programas de TR pode alterar a intensidade e o volume de treinamento de alguns exercícios ou grupos musculares e, consequentemente, afetar as respostas adaptativas Objetivo: Comparar o efeito de duas ordens de execução de exercícios resistidos sobre a força muscular, composição corporal, qualidade muscular e fatores de risco à saúde em mulheres idosas Métodos: Ensaio clínico aleatorizado, com duração de 24 semanas Vinte nove mulheres idosas (= 6 anos) e fisicamente independentes foram separadas em dois grupos, a saber: grupo treinamento dos grandes para os pequenos grupos musculares (GGP, n = 15) e grupo treinamento dos pequenos para os grandes grupos musculares (GPG, n = 14) O GGP executou os exercícios na seguinte ordem: supino vertical, remada sentada, tríceps no pulley, rosca scott, leg press horizontal, cadeira extensora, mesa flexora e panturrilha sentada, enquanto o GPG executou os mesmos exercícios, contudo, na respectiva ordem: rosca scott, tríceps no pulley, remada sentada, supino vertical, panturrilha sentada, mesa flexora, cadeira extensora e leg press horizontal O programa de treinamento resistido foi realizado em duas etapas com duração de 12 semanas e frequência de três sessões semanais em cada uma delas Na primeira etapa todos os exercícios foram executados em três séries de 1-15 repetições máximas (RM), ao passo que na segunda etapa os mesmos exercícios foram realizados em três séries de 15, 1 e 5 repetições máximas (RM), respectivamente Força muscular (testes de 1-RM e carga total de treino), composição corporal (massa muscular, gordura corporal, conteúdo mineral ósseo), qualidade muscular (relação entre a força muscular e a massa muscular), fatores de risco cardiometabólico (glicose em jejum, triglicérides, colesterol total, HDL-c, LDL-c, pressão arterial, adiposidade abdominal) foram analisados na linha de base, após 12 e 24 semanas de intervenção Resultados: Após 24 semanas de TR os grupos GGP e GPG apresentaram aumentos relativamente similares para na força total (GGP = +24,3%; GPG = +21,6%), massa muscular (GGP = 5,8% vs GPG = 4,8%); qualidade muscular (GGP = +17,2%; GPG = +15,2%), sem diferenças significantes entre GGP e GPG (P > ,5) Por outro lado, um efeito principal do tempo revelou redução da gordura corporal relativa (GGP = -6,5%; GPG = -3,8%), colesterol total (GGP = -5,3%; GPG = -4,6%), índice HOMA-IR (GGP = -13,4%; GPG = -1,9%), índice de Castelli I (GGP = -2,8%; GPG = -8,8%) e II (GGP = -4,2%; GPG = -13,1%), pressão arterial sistólica (GGP = -4 mmHg; GPG = -3 mmHg) Conclusão: Os resultados sugerem que 24 semanas de TR, independente da ordem de execução adotada (GGP ou GPG), acarretaram modificações positivas na força e qualidade muscular e melhoria do perfil cardiometabólico em mulheres idosas

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Palavras-chave

Envelhecimento, Exercícios físicos, Mulheres idosas, Exercícios físicos, Aspectos da saúde, Aging, Elderly women, Exercises

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