Auto eficácia De Estudantes De Pedagogia Para Ensinar Matemática E Percepções Das Fontes

dc.contributor.advisorBzuneck, José Aloyseo
dc.contributor.authorMorais, Caroline de
dc.contributor.bancaRamos, Maely Ferreira Holanda
dc.contributor.bancaAlliprandini, Paula Mariza Zedu
dc.coverage.extent80 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2025-05-26T13:44:58Z
dc.date.available2025-05-26T13:44:58Z
dc.date.issued2025-02-27
dc.description.abstractPesquisas têm mostrado que as crenças de autoeficácia na formação inicial de professores têm influência na aprendizagem e no ensino em relação à matemática, ressaltando que aqueles que desenvolveram sólidas crenças de autoeficácia tendem a lidar melhor com desafios no ensino. Nesta perspectiva da Teoria Social Cognitiva, dois objetivos interligados nortearam a presente pesquisa. O primeiro foi investigar em que medida estudantes de Pedagogia já terão desenvolvido a autoeficácia necessária para ensinar matemática, no futuro, nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Como segundo objetivo, buscou-se identificar as percepções dos estudantes que já passaram pelo estágio quanto à influência das fontes quer alimentam essa crença. Trata-se de estudo exploratório, que envolveu 513 estudantes de Pedagogia de duas instituições públicas de Ensino Superior, com 464 (90,6%) do sexo feminino e 47 (9,2%) do sexo masculino. A idade dos participantes variou de 17 a 21 anos (faixa 1) até um grupo de 42 anos ou mais (faixa 5). Inicialmente, os coordenadores das duas instituições foram informados sobre a pesquisa por e-mail e, na sequência, deram a permissão para a execução do estudo. Para a presente pesquisa, dois questionários em escala tipo Likert foram aplicados. O primeiro, construído para esta pesquisa, com 15 itens, destinava-se a medir as crenças de autoeficácia para ensinar matemática no seu futuro como professores, com respostas a serem marcadas numa escala de 0 a 6. Aos estudantes que já haviam passado pelo estágio (n = 97) foi aplicada uma segunda escala com oito itens, elaborada para avaliar as percepções das quatro fontes de autoeficácia preconizadas por Bandura. Um novo item foi adicionado para avaliar a percepção dos conhecimentos adquiridos no curso. Os dois conjuntos de escalas foram intitulados Questionário de Autoeficácia e suas fontes para acadêmicos de Pedagogia (Bzuneck; Morais, 2024). As análises estatísticas trouxeram os seguintes resultados. A média geral da Autoeficácia para ensinar Matemática entre os 513 participantes foi acima do ponto médio (4,43 DP = 0,81), com distribuição assimétrica à esquerda. Comparando os períodos, os alunos do noturno apresentaram média significativamente maior (M = 4,51) do que os do matutino (M = 4,35), conforme o Teste t de Student (t = 2,29, p = 0,02). Ao comparar 97 estudantes que realizaram estágio (de 1 a 10 aulas) com uma amostra similar daqueles que ainda não haviam estagiado, verificou-se que o primeiro grupo apresentou uma média significativamente mais baixa em autoeficácia (M = 4,24) em relação ao segundo (M = 4,53). Analisando os 97 estudantes que deram aula no estágio, as médias das quatro fontes de Autoeficácia variaram, com destaque para experiência de domínio (M = 4,18) e conhecimentos adquiridos no curso (M = 4,31). Correlações de Spearman indicaram que todas as quatro fontes estavam significativamente associadas à autoeficácia. Entretanto, a percepção dos conhecimentos no curso apresentou correlação negativa. Por fim, comparando os alunos que deram apenas de 1 a 2 aulas no estágio com aqueles que ministraram de 4 a 10 aulas, verificou-se que o segundo grupo obteve escores significativamente mais altos em experiência de domínio, experiência vicária e ansiedade. Esse resultado sugere que, à medida que os estudantes avançam no estágio, sua percepção sobre as próprias capacidades se torna mais realista em sentido positivo. O estágio supervisionado impacta inicialmente de forma negativa a autoeficácia para ensinar Matemática, uma vez que os estudantes apresentaram médias significativamente menores do que aqueles que ainda não iniciaram a prática (t = 2,63, p = 0,005). Isso sugere que a experiência real de ensino leva a uma autoavaliação mais crítica das próprias capacidades. No entanto, estudantes que ministraram mais aulas no estágio (4-10) tiveram escores mais altos em experiência de domínio e de persuasão social, além de ansiedade. Por um lado, os dados indicam que uma prática mais estendida pode fortalecer a autoeficácia, pela influência de ao menos duas fontes. Por outro, a percepção de ansiedade em relação ao ensino de matemática sugere que essa emoção tem certo impacto negativo à confiança docente em suas capacidades para esse ensino. Foram apontadas limitações na condução do estudo. Os resultados foram discutidos à luz da Teoria social cognitiva e foram comparados com os de estudos anteriores, especialmente com os nacionais. Por último, nas considerações finais, foram apresentadas diretrizes para professores do curso, em vista do desenvolvimento da autoeficácia dos estudantes para o ensino de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental.
dc.description.abstractother1Research indicates that self-efficacy beliefs in initial teacher education influence both learning and teaching in mathematics, highlighting that those who developed strong self-efficacy beliefs tend to handle teaching challenges more effectively. From the perspective of Social Cognitive Theory, this study was guided by two interconnected objectives. The first was to investigate the extent to which Pedagogy students have already developed the necessary self-efficacy to teach mathematics in the early years of primary school in the future. The second objective was to identify the perceptions of students who have already completed their teaching practicum regarding the influence of the sources that shape these beliefs. This is an exploratory study involving 513 Pedagogy students from two public higher education institutions, of whom 464 (90.6%) were female and 47 (9.2%) were male. The participants’ ages ranged from 17 to 21 years (category 1) to a group aged 42 years or older (category 5). Initially, the coordinators of both institutions were informed about the study via email and subsequently granted permission for its execution. For this research, two Likert-scale questionnaires were administered. The first, developed specifically for this study, consisted of 15 items designed to measure students’ self-efficacy beliefs regarding their future ability to teach mathematics. Responses were recorded on a scale from 0 to 6. A second questionnaire was administered to students who had already completed their teaching practicum (n = 97). This scale consisted of eight items aimed at assessing perceptions of the four sources of self-efficacy outlined by Bandura. Additionally, a new item was included to evaluate students' perceptions of the knowledge acquired during their coursework. Both sets of scales were titled Self-Efficacy and Its Sources Questionnaire for Pedagogy Students (Bzuneck; Morais, 2024). The statistical analyses yielded the following results. The overall mean self-efficacy score for teaching mathematics among the 513 participants was above the midpoint (M = 4.43, SD = 0.81), with a left-skewed distribution. When comparing study periods, evening students had a significantly higher mean score (M = 4.51) than morning students (M = 4.35), as indicated by Student’s t-test (t = 2.29, p = 0.02). A comparison between 97 students who had completed their teaching practicum (ranging from 1 to 10 lessons) and a similar sample of students who had not yet undergone practicum revealed that the former group reported a significantly lower self-efficacy mean (M = 4.24) compared to the latter (M = 4.53). Among the 97 students who had taught during their practicum, the mean scores for the four sources of self-efficacy varied, with mastery experience (M = 4.18) and knowledge acquired in the course (M = 4.31) standing out. Spearman’s correlations indicated that all four sources were significantly associated with self-efficacy. However, perceptions of knowledge acquired in the course showed a negative correlation. Finally, when comparing students who taught only 1 to 2 lessons during their practicum with those who taught 4 to 10 lessons, the latter group showed significantly higher scores in mastery experience, vicarious experience, and anxiety. This result suggests that as students progress in their practicum, their perception of their own abilities becomes more realistic in a positive sense. Supervised teaching practice initially has a negative impact on self-efficacy for teaching mathematics, as students who had completed the practicum reported significantly lower self-efficacy scores compared to those who had not yet started their teaching experience (t = 2.63, p = 0.005). This finding suggests that real teaching experience leads to a more critical self-assessment of one's own abilities. However, students who taught more lessons during their practicum (4 to 10) exhibited higher scores in mastery experience, social persuasion, and anxiety. On the one hand, the data indicates that more extended teaching practice can strengthen self-efficacy through the influence of at least two sources. On the other, the perception of anxiety related to mathematics teaching suggests that this emotion has a somewhat negative impact on teachers' confidence in their ability to teach the subject. Certain limitations in the study’s implementation were identified. The results were discussed considering Social Cognitive Theory and compared with findings from previous studies, particularly those conducted in the national context. Finally, the concluding remarks presented guidelines for teacher education programs aimed at fostering students' self-efficacy for teaching mathematics in the early years of primary education.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/18806
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCECA - Departamento de Educação
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Educação
dc.subjectAutoeficácia Docente
dc.subjectFontes de Autoeficácia
dc.subjectEnsino de Matemática
dc.subjectFormação de Professores
dc.subjectEnsino fundamental
dc.subjectInstituições públicas
dc.subjectEnsino superior
dc.subject.capesCiências Humanas - Educação
dc.subject.cnpqCiências Humanas - Educação
dc.subject.keywordsTeacher Self-Efficacy
dc.subject.keywordsMathematics Teaching
dc.subject.keywordsTeacher Education
dc.subject.keywordsSources of Self-Efficacy
dc.subject.keywordsElementary Education
dc.subject.keywordsPublic institutions
dc.subject.keywordsHigher education
dc.titleAuto eficácia De Estudantes De Pedagogia Para Ensinar Matemática E Percepções Das Fontes
dc.title.alternativePedagogy Students' Self-Efficacy for Teaching Mathematics and Perceptions of Its Sources
dc.typeDissertação
dcterms.educationLevelMestrado Acadêmico
dcterms.provenanceCentro de Educação, Comunicação e Artes

Arquivos

Pacote Original
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
CH_EDU_Me_2025_Morais_Caroline.pdf
Tamanho:
764.32 KB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Texto completo. Id. 193577
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
CH_EDU_Me_2025_Morais_Caroline_Termo.pdf
Tamanho:
1.82 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Termo de autorização.
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Nenhuma Miniatura disponível
Nome:
license.txt
Tamanho:
555 B
Formato:
Item-specific license agreed to upon submission
Descrição: