Exposição ao cloreto de alumínio prejudica a morfologia testicular e prostática de ratos durante o período peripuberal

Data

Autores

Leal, Franciely Aparecida Vaz Dantas

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Resumo

Resumo: Os metais podem apresentar graves consequências sobre o desenvolvimento do sistema reprodutivo masculino, diretamente, quando prejudicam órgãos reprodutivos específicos, ou indiretamente, quando provocam uma reação no sistema neuroendócrino Entre eles, o alumínio (Al) é o metal mais amplamente distribuído no ambiente sendo o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre A puberdade compreende um período de complexo desenvolvimento sexual, envolvendo mudanças físicas, comportamentais e hormonais, através das quais ocorre a maturação sexual e a obtenção da capacidade reprodutiva As investigações em humanos e em animais experimentais tem encontrado associação entre a exposição ao Al e a toxicidade do sistema reprodutor masculino em adultos, porém, pouco se conhece sobre os efeitos desse metal durante o período peripuberal Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar se a exposição ao cloreto de alumínio (AlCl3), durante o período peripuberal, pode afetar o desenvolvimento testicular e prostático em ratos Ratos machos Wistar foram divididos em três grupos experimentais, sendo dois grupos tratados com AlCl3 (em solução salina estéril ,9%) nas doses de 7 mg/Kg (grupo AL7) ou 34 mg/Kg (grupo AL34) de peso corpóreo via intraperitoneal do dia pós natal (DPN) 36 ao 66 (período peripuberal) O terceiro grupo (controle) recebeu apenas o veículo Ao final do período experimental, os animais foram anestesiados, pesados e submetidos à eutanásia Foram avaliados peso dos órgãos reprodutivos: testículo, epidídimo, próstata, glândula seminal e ducto deferente; morfologia espermática e produção diária de espermatozoides (PDE); histopatologia e morfometria testicular e prostática, contagem de célula de Sertoli e marcação imunohistoquímica para receptor de andrógeno (AR) nos testículos; contagem de mastócitos na próstata; avaliação da atividade de mieloperoxidase (MPO) e N-acetyl glicosidase (NAG) e determinação dos níveis de citocinas IL1-ß, IL-6, IL-1 and TNF-a nos testículos e IL-6 na próstata; dosagem de testosterona plasmática Não foram observadas diferenças no peso dos órgãos reprodutivos, dosagem de testosterona, e número de mastócitos Os animais do grupo AL34 apresentaram diminuição no peso corpóreo, contagem espermática e PDE em comparação aos demais grupos A morfologia espermática mostrou-se alterada nos animais do grupo AL7 comparado com os demais grupos experimentais Houve diminuição no número de células de Sertoli e no número de células de Sertoli imunomarcadas para AR nos testículos no grupo AL34 em relação aos demais grupos experimentais As análises histopatológicas dos testículos mostraram aumento significativo no número de túbulos seminíferos anormais nos animais do grupo AL34 A atividade de MPO foi elevada nos testículos e próstatas dos animais AL34 Nos testículo, houve aumento da citocina TNF-a no grupo AL34 e aumento de IL-1 no grupo AL7 Não houve diferença significativa na análise morfométrica dos testículos entre os grupos experimentais As análises estereológicas na próstata demonstraram aumento no estroma e diminuição no lúmen dos animais do grupo AL7 e AL34 Dessa forma, podemos concluir que o cloreto de alumínio, durante o período peripuberal, na doses de 7 mg/Kg e 34 mg/Kg prejudica os parâmetros espermáticos e o desenvolvimento testicular e prostático em ratos

Descrição

Palavras-chave

Aparelho genital masculino, Cloreto de alumínio, Rato como animal de laboratório, Patologia experimental, Male generative organs, Aluminum chloride, Rats as laboratory animals

Citação