Ela canta as histórias : novos usos para antigos modos de subjetivação
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Silva, Pamela Cristina Salles da
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Resumo
Resumo: No século XX acompanhamos a emergência da ação de contar histórias como uma prática profissional Com múltiplas linguagens e presente em diversos setores da sociedade, ela é, muitas vezes, entendida como pertinente apenas aos profissionais ou aos artistas Porém, tal ação remonta aos primórdios da humanidade e, mesmo que venha sofrendo variações ao longo do tempo, prova que existem pessoas que apresentam certa habilidade em contar histórias e que, historicamente, adentraram um estatuto social específico ao serem tituladas ou reconhecerem-se contadores de histórias Observa-se que, embora o movimento dos contadores de histórias seja um acontecimento social amplo, ainda não é possível encontrar uma quantidade significativa de estudos na área da Psicologia que abordem essa ocorrência e, em número ainda menor, estudos que tratem dos processos subjetivos e sociais relacionados ao ser nomeado ou que se nomeia contador de histórias Sendo assim, buscou-se compreender por meio desta pesquisa se a contação de histórias pode ser entendida como modo de subjetivação que favorece a resistência à opressão social Trata-se de uma investigação qualitativa composta por pesquisa bibliográfica e revisão narrativa, que está alicerçada no estudo de caso único a partir da análise do discurso O caso estudado foi o de Clarissa Pinkola Estés, personagem pública que se nomeia cantadora de histórias Por meio de sua narrativa expressa no livro O Jardineiro que tinha fé: uma fábula sobre o que não pode morrer nunca, foi possível compreender os impactos de tal titulação em sua vivência Alicerçada em saberes ancestrais, tal atuação resiste e apresenta-se como um projeto de vida, o qual ultrapassa a perspectiva antropocêntrica, é transmoderno e partidário do Bem Viver
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Palavras-chave
Psicologia, Arte de contar histórias, Psicologia junguiana, Psychology, Storytelling, Jungian psychology