Caracterização dos mecanismos de resistência e virulência de Escherichia coli produtoras de ESBL isoladas de carcaças de frango

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Cyoia, Paula Signolfi

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Resumo

Resumo: Os animais são os principais reservatórios de patógenos zoonóticos, muitos destes albergando não somente genes de virulência, mas também genes que conferem resistência aos beta-lactâmicos como os codificadores de beta-lactamases de espectro estendido (ESBL) Tanto patógenos produtores de ESBLs como outros antimicrobianos como colistina e fosfomicina vem sendo detectados em humanos, e ultimamente, estudos relatam cada vez mais frequentes na população bacteriana circulante em animais de produção Isso pode indicar que essas enzimas não são menos prevalentes em outros animais do que em humanos, mas que elas podem não ter sido amplamente procuradas na microbiota animal Por isso, o objetivo deste estudo foi analisar a distribuição da resistência aos antimicrobianos (ESBL, fosfomicina e colistina), e a distribuição dos fatores de virulência (FV) em E coliisoladas de 98 carcaças de frango comercializadas no sul do Brasil, e assim avaliar seu risco zoonótico Um total de 49 amostras de E coli foram isoladas e submetidas à detecção de genes que codificam FV descritos em E coli patogênica extraintestinal (ExPEC) O teste de suscetibilidade antimicrobiana foi realizado por difusão em ágar, e a caracterização genotípica pela reação em cadeia da polimerase (PCR) As amostras apresentaram resistência a múltiplas drogas (MDR), além da presença de isolados produtores de ESBL (29%), colistina (,7%) e a fosfomicina (,7%) As maiores prevalências de FV foram observadas nos isolados pertencentes aos grupos CTX-M quando comparadas as demais linhagens sensíveis ou mesmo nas amostras com outros tipos de resistência, sendo que 58% dos isolados produtores de ESBL possuiam três a cinco genes de virulência Além disso, observou-se que E coli produtoras de ESBL têm 2,18 vezes mais chances de apresentar três a cinco genes de virulência do que as não produtoras de ESBL Outro dado importante encontrado neste estudo foi a conjugação bem-sucedida de E coli produtora de ESBL isolada de carcaça de frango com um isolado receptor (E coli J53), sugerindo que os determinantes genéticos que codificam as enzimas CTX-M podem ter se originado de isolados bacterianos animais e poderiam ser transmitidos para a microbiota humana através da cadeia alimentar Assim, a carne de frango pode abrigar E coli MDR, contendo tanto genes de resistência quanto de virulência, o que se torna um problema de saúde pública

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Palavras-chave

Escherichia coli, Virulência (Microbiologia), Frango de corte, Carne, Carcaça, Virulence (Microbiology), Broilers (Poultry), Meat cutting

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