Vigilância e epidemiologia molecular da raiva em Mato Grosso do Sul, Brasil

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Galhardo, Juliana Arena

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Resumo

Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar as medidas adotadas pelo serviço de vigilância da raiva no estado de Mato Grosso do Sul Para o primeiro artigo foi realizada a análise descritiva e espacial dos focos de raiva dos herbívoros de 23 a 213 Para o segundo artigo procedeu-se à análise descritiva e molecular da epizootia de raiva canina pela variante antigênica 1 (AgV1) ocorrida em 215, na região transfronteiriça Corumbá-Puerto Suárez, entre os municípios de Corumbá e Ladário no estado de Mato Grosso do Sul (Brasil) e Puerto Quijarro e Puerto Suárez na Província de German Busch, departamento de Santa Cruz (Bolívia) Constatou-se que a raiva bovina continua endêmica no estado, com maior número de notificações em áreas próximas às formações montanhosas do estado De 23 a 213 foram notificados 214 focos de raiva bovina, sendo 1914 casos distribuídos por todas as 11 regionais, com incidências por regional variando de 1,5 a 16,96/milhão de bovinos Foram geolocalizados 37 abrigos habitados por D rotundus, sendo 57,3% artificiais localizados primordialmente na região do Planalto e 42,7% naturais, distribuídos principalmente nas proximidades das Serras e demais formações montanhosas do estado Foi observada elevada relação casos/foco, variando de 3,3 a 3,8 Quatro das 11 regionais registraram menos de um abrigo por foco no período, duas registraram 1,1 abrigo por foco e uma registrou 1,3 A média do estado foi de 1,4 Os resultados evidenciam e que é necessária a intensificação das ações de educação em saúde e vigilância ativa da raiva em todas as regionais do estado A raiva canina pela AgV1 foi primeiramente reconhecida no Brasil em 26 e até 214 eram 14 casos caninos confirmados laboratorialmente Em 215 foram diagnosticados 7 casos caninos sendo 58 (82,9%) de Corumbá e 12 (17,1%) de Ladário, com pico de incidência em abril, e não houve registro de casos em felinos Dos animais submetidos ao diagnóstico de raiva, a maioria era do sexo masculino, com idade até cinco anos, sem raça definida e domiciliados Cinco amostras foram encaminhadas à análise molecular (RT-PCR e sequenciamento) e apresentaram homologia de 99,3% a 99,6% entre si Estas foram submetidas à comparação com amostras disponíveis no GenBank e se apresentaram geneticamente relacionadas com amostras caninas (AgV1) oriundas do Peru, Bolívia e Argentina, sugerindo relação filogeográfica As falhas da vigilância e de gestão pública nos anos anteriores a 215 podem ter contribuído para o desencadeamento da epizootia de raiva canina em 215 e medidas integradas de controle devem ser tomadas para evitar a propagação da AgV1 para outras regiões do Brasil

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Palavras-chave

Hidrofobia, Vírus da hidrofobia, Cão, Vírus da hidrofobia, Bovino, Hydrophobia, Rabies virus, Rabies virus, Epidemiological Surveillance, Cattle, Dog

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