Perfil farmacoepidemiológico e controle glicêmico dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1 em uso de análogos de insulina

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Benatto, Roberta Paiva

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Resumo: O Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é um distúrbio metabólico caracterizado pela hiperglicemia crônica persistente, decorrente da deficiência na síntese de insulina pelo pâncreas e/ou em sua ação, sendo que o seu tratamento se constitui na administração de insulina exógena Porém alguns pacientes apresentam reações adversas importantes com o uso das insulinas humanas, sendo necessário o uso dos análogos de insulina, desenvolvidos através da modificação na sequência de aminoácidos em busca da melhoria dos efeitos adversos na cinética de absorção Considerando a importância do tratamento do DM1 como problema de saúde pública, há a necessidade de investigar a efetividade dos análogos sobre o determinante controle glicêmico em pacientes com DM1 Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi caracterizar o perfil farmacoepidemiológico e analisar o controle glicêmico de pacientes com DM1 em uso de análogos de insulina Realizou-se um estudo com delineamento longitudinal coorte retrospectivo A população foi composta por pacientes com DM1 cadastrados no programa estadual de análogos de insulina pertencentes a 17ª Regional de Saúde do Paraná, sendo acompanhado por 12 meses a partir de sua inclusão ao programa O período analisado foi de 29 a 217 As variáveis descritivas analisadas foram sexo, idade e esquema terapêutico na inclusão no programa A efetividade clínica foi mensurada por meio dos níveis de Hemoglobina Glicada (HbA1c) através do histórico dos exames entregue nas renovações trimestrais totalizando o acompanhamento por 12 meses As análises descritivas foram realizadas por meio da apresentação das variáveis em média, desvio padrão, porcentagem e valores absolutos Para a análise estatística através do teste t Student, comparou-se as médias de hemoglobina glicada dentro do mesmo grupo (baseline, 3 meses e 12 meses) A comparação dos pacientes com controle glicêmico versus sem controle glicêmico, utilizou-se o teste Qui-quadrado para identificar diferenças nas distribuições Considerou-se estatisticamente significativo p-valor menor que ,5 A população de análise totalizou 435 pacientes Observou semelhante distribuição entre o sexo feminino e masculino Quanto à faixa etária houve uma discreta predominância para a faixa etária entre 3 a 49 anos, com idade média de 33,3(±11,2) anos para o total de pacientes A média da HbA1c avaliada na inclusão dos pacientes (baseline) foi de 9,15±1,99%, 9,25±2,8% e 9,3±1,87% para o total de pacientes, sexo feminino e masculino respectivamente, com redução significativa dos níveis da hemoglobina glicada após 3 e 12 meses em uso dos análogos de insulina Dos 435 pacientes, 2,46% obtiveram o controle glicêmico com uso dos análogos de insulina Observou-se diferença estatisticamente significativa para a variável sexo, no qual o masculino apresentou maior percentual de controle glicêmico Com relação as demais variáveis, não houve diferença estatística significativa Por meio dos resultados da redução na HbA1c e controle glicêmico dos pacientes, é possível concluir que os análogos de insulina possuem efetividade na redução dos níveis de HbA1c estatisticamente, porém com um reduzido número de pacientes obtendo o controle glicêmico após 12 meses do início de seu uso Faz-se necessário a avaliação das estratégias para o uso adequado desta tecnologia e o investimento na educação do paciente, podendo garantir melhora clínica e redução de gastos com esta enfermidade

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Palavras-chave

Farmacoepidemiologia, Diabetes, Análogos de insulina, Insulinoterapia, Pharmacoepidemiology, Diabetes, Insulin analogues, Insulin therapy

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