Avaliação da recuperação do paciente no pós-operatório na ausência de sala de recuperação anestésica

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Welter, Lucimar Vieira Tokano

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Resumo

Resumo: O período pós-operatório imediato é caracterizado por alta criticidade, quando o cuidado e monitorização intensivos são indispensáveis A existência de uma Sala de Recuperação Anestésica (SRA), além da utilização de critérios e escalas para determinar o momento de alta, são essenciais Na realidade brasileira, no entanto, muitas instituições não contam com SRA ou não utilizam tais critérios em seus serviços O objetivo deste trabalho foi avaliar as condições de pacientes no Pós Operatório Imediato ao serem admitidos na unidade de internação em instituição que não conta com SRA Pesquisa de abordagem quantitativa, descritiva e transversal realizada em um hospital secundário com 52 leitos A população foi de 385 pacientes e a amostra totalizou 152 pacientes sendo constituída obedecendo os seguintes critérios: pacientes maiores de 18 anos, ambos os sexos, submetidos a cirurgia de diferentes clínicas de abril a junho de 211 que assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento adaptado e validado que abrange, além do Índice de Aldrete e Kroulik, outros parâmetros de avaliação recomendados pela literatura A média de idade foi de 35,5 anos A comorbidade mais frequente foi a hipertensão arterial, 56,% (14), e a anestesia predominante foi a raquianestesia, 79,6%(121) A obstetrícia foi a especialidade que prevaleceu, com 52,% (79), seguindo-se aparelho digestório, 25,% (38), e ortopedia, 16,4% (25) A média do tempo de transição entre o término da cirurgia e a chegada à unidade foi de 32,6 minutos As principais complicações encontradas foram: hipotermia 77,7% (118); tremores 48,% (73); dor 31,%(47); curativo parcial ou totalmente embebido de sangue 28,2% (43); náuseas e vômitos 27,6% (42); hipertensão 24,4% (37); saturação menor que 92,% 12,5% (19) e taquicardia 6,6% (1) Embora 83,5% dos pacientes (127) não possuíssem antecedentes clínicos, observou-se que 21,1% (32) apresentaram índice abaixo de 8 pelo Índice de Aldrete e Kroulik ao chegarem à unidade de internação Teste Qui-quadrado foi realizado para avaliar a associação entre os pacientes que apresentaram hipotermia e tremores e foi estatisticamente significativo (p<,1) A diferença de temperaturas pré e pós-operatórias por meio de teste não paramétrico de Wilcoxon foi significativa em nível de 5% O Indice de Aldrete e Kroulik foi maior que 8 em 78,9% (12) Desses, 73,3% dos pacientes (88) apresentavam hipotermia; 43,3% (52) tremores; 3,% (36) curativo parcial ou totalmente embebido de sangue; 27,5% (33) dor de média a forte intensidade; 25,% (3) náuseas e vômitos; 2,8% (25) hipertensos; 5,% (6) hipotensão e taquidispneia; 3,3% (4) agitação; 2,6% (4) taquicardia A partir desses dados constatamos que o Indice de Aldrete e Kroulik não contempla todos os critérios relevantes na avaliação para alta da SRA no Pós Operatório Imediato Conclui-se que mesmo em cirurgias de médio porte, em pacientes hígidos e sob anestesia locorregional, há necessidade de recuperação monitorada em SRA Este estudo possibilita ainda a reflexão sobre a utilização de outras escalas e instrumentos para alta da Sala de Recuperação Anestésica que contemplem os critérios amplamente recomendados pela literatura

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Palavras-chave

Pacientes anestésico-cirúrgico, Anestesia, Paciente, Cirurgia, Complicações e sequelas, Patients, Surgery, Complications and sequelas, Rehabilitation, Anaesthesia

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