Glicemia em pacientes não críticos internados em um hospital universitário público : das práticas de enfermagem à avaliação clínica da hiperglicemia intra-hospitalar

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Resumo: Objetivos: Este estudo teve como objetivos avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem no manejo do paciente não crítico internado em um hospital universitário público submetido à monitorização de glicemia capilar e insulinoterapia subcutânea, bem como descrever as variações da glicemia capilar dos pacientes não críticos durante a implementação de um protocolo hospitalar de glicemia como 6º sinal vital Métodos: Tratase de um estudo realizado em duas fase, sendo a fase 1, um estudo quantitativo, descritivo, exploratório e de campo, onde foi aplicado um questionário para teste de conhecimento da equipe de enfermeiros, técnicos e auxiliares sobre a monitorização de glicemia capilar e insulinoterapia e aplicado nas enfermarias masculina e feminina de internação hospitalar Na fase 2 foi realizado um estudo transversal observacional analítico, com divisão dos pacientes primeiramente em três grupos para análise dos dados conforme a ocorrência de hiperglicemia intra-hospitalar (hiperglicemia IH), glicemia de jejum alterada e hipoglicemia Em uma segunda etapa, a presença de hipoglicemia foi estudada e as variáveis comparadas com o grupo que não apresentou hipoglicemia durante a internação Os dados foram coletados nas enfermarias, nos prontuários dos pacientes não críticos incluídos no Programa de Implementação da Glicemia como 6º Sinal Vital Resultados: Na fase 1 foi aplicado o questionário a 43% dos profissionais de enfermagem das unidades de internação, a taxa de acertos no teste foi de 64,83±11,95% (média±DP) Não houve diferença significativa entre a porcentagem de acertos entre auxiliares/técnicos de enfermagem e enfermeiros (p=,5) A classificação do conhecimento dos sujeitos da pesquisa foi considerada insuficiente (<5% de acertos) em 1,3% da amostra, suficiente (5-69,9%) para 62,9% dos profissionais avaliados e satisfatório (7-89,9%) para 26,8% do total As menores taxas de acerto foram referentes ao armazenamento e técnica de administração da insulina Na fase 2, foram coletados dados de 219 pacientes sendo que destes, 66,3% apresentaram alterações glicêmicas, sendo 33 (15,1%) hiperglicemia IH, 82 (37,5%) glicemia de jejum alterada e 3 (13,7%), hipoglicemia, num total de 66,2% de alterações glicêmicas Houve similaridade nos dados obtidos nos 3 grupos com relação a média de idade, classificação do cuidado de enfermagem e Índice de Massa Corporal, prevalecendo indivíduos com sobrepeso As variáveis presença de diabetes mellitus (p<,1), aguardar cirurgia (p=,4) e suspensão do procedimento cirúrgico (p=,3) foram estatisticamente significativas em relação à ocorrência de hiperglicemia IH O uso de medicamentos hiperglicemiantes (p=,17) e a presença de diabetes mellitus (p=,2) obtiveram significância estatística para a ocorrência de glicemia de jejum alterada Por fim, as variáveis aguardar cirurgia (p=,3), a não suspensão de procedimento cirúrgico (p=,8) e a presença de hipertensão arterial (p=,6) apresentaram-se com significância estatística naqueles que fizeram hipoglicemia Conclusão: Os resultados do estudo na fase 1 indicam a necessidade de capacitação dos profissionais de enfermagem para o manejo eficaz do controle glicêmico intra-hospitalar; na fase 2, constatou-se ser fundamental a verificação da glicemia como 6º sinal vital em todos os pacientes não críticos internados nas enfermarias

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Palavras-chave

Glicemia, Hiperglicemia, Doentes hospitalizados, Enfermagem, Blood sugar, High blood sugar, Patients in hospitals, Nursing

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