Perfil da dor muscular, fadiga, métodos de recuperação e análise do recrutamento muscular em atletas de paracanoagem

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Pesenti, Fernanda Bortolo

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Resumo

Resumo: A Paracanoagem é um esporte náutico de velocidade destinado a atletas com deficiência físico-motora, que estreou nos Jogos Paralímpicos Rio 216 com grande participação de países, e alto nível e competição Destaca-se pela condição de equidade gerada entre atletas com ou sem deficiência, visto que as disfunções motoras são reduzidas na embarcação O esporte adaptado permite que pessoas com deficiência consigam atingir sua capacidade funcional máxima, assim como atletas de modalidades convencionais Durante as últimas décadas, paraatletas tornaram-se atletas de elite, com maior intensidade de treinamento, desempenho esportivo e tecnologia melhorada, o que aumenta o interesse em otimizar o rendimento esportivo, mesmo após treinos intensos Objetivo: O objetivo desta tese foi descrever sobre a modalidade de paracanoagem, relatar o papel da fisioterapia no trabalho com paratletas desta modalidade, investigar o perfil do paratleta praticante de paracanoagem, estabelecer os níveis de dor, fadiga relatada e os métodos de recuperação utilizados e investigar diferenças no recrutamento muscular durante a remada entre canoístas e paracanoístas com diferentes condições físicas decorrentes da deficiência Metodologia: Para que os objetivos da tese fossem alcaçados, foram produzidos três materiais de características científica, onde o primeiro se trata de um resumo da literatura, com descrições de experiencia profissional, apresentado como capítulo de livro, o segundo e o terceiro são artigos científicos Para o primeiro artigo, 34 atletas foram entrevistados durante o campeonato brasileiro de canoagem 217 A entrevista foi dividida em quatro partes: dados pessoais do atleta, características da deficiência, prática esportiva e relação do desempenho com a fadiga e a dor muscular de início tardio E no segundo artigo trata-se de estudo transversal, com amostra de cinco atletas paraplégicos, quatro amputados de membros inferiores e quatro atletas sem deficiência, que foram submetidos à avaliação por eletromiografia de superfície dos músculos deltóide anterior, peitoral maior, tríceps (cabeça longa) e grande dorsal durante remada por três minutos em um caiaque ergômetro, para análise das possíveis diferenças do recrutamento muscular Resultados: O capítulo do livro apresentou uma revisão de literatura sobre a paracanoagem e as possíveis intervenções do fisioterapeuta para esta modalidade Para o primeiro artigo encontrou-se que 91% dos paratletas relataram sentir dor muscular de origem tardia e 88% fadiga muscular Porém, apesar de sentirem dor muscular de origem tardia e fadiga, 7% dos atletas não realizaram intervenções de prevenção ou recuperação O segundo estudo demonstrou que atletas paraplégicos, amputados e atletas sem deficiência apresentam características semelhantes durante a remada, e destacou que os paratletas avaliados não necessitam de ajustes no recrutamento muscular dos músculos avaliados para desenvolver o gesto da remada Conclusão: Embora os atletas brasileiros de paracanoagem relatem intensa e frequente DMIT e fadiga, eles não utilizam nenhuma estratégia para controlá-las ou reduzi-las e atletas paracanoistas e canoístas apresentam recrutamento muscular semelhante de membros superiores e tronco durante o gesto da remada

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Palavras-chave

Fisioterapia, Esporte adaptado, Fisioterapia, Atletas da Paracanoagem, Atletas com deficiência, Physiotherapy - Adapted sport, Physiotherapy - Paracanoeing Athletes, Athletes with disabilities - Physiotherapy, Parathletes - Physiotherapy

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