Desfecho dos pacientes elegíveis para cuidados paliativos em um Hospital Universitário
Data
2025-03-21
Autores
Marques, Caroline Rafaela de
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Resumo
Introdução: Os Cuidados Paliativos constituem-se em uma abordagem clinica que promove a qualidade de vida de pacientes e de seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento. Objetivo: Avaliar o desfecho de pacientes admitidos no pronto socorro de um hospital de atenção terciária, público e universitário quanto ao critério de eleição para cuidados paliativos. Método: Estudo de coorte prospectivo, analítico com abordagem quantitativa, desenvolvido no período do 26/02/024 a 26/03/2024 com todos os pacientes admitidos e internados pelo Pronto Socorro com idade igual ou superior a 18 anos. Durante a internação os pacientes selecionados foram avaliados por meio da aplicação do instrumento de coleta de dados, composto por: Dados sociodemográficos; Dados clínicos; Dados relacionados a internação; Pontuação das Escala de Morse e Braden e resultado do Sistema de Classificação do Paciente; Pontuação da Palliative Performance Scale (PPS) e Supportive and Palliative Care Indicators Tool (SPICT-BR); Desfechos (Óbito; Transferência externa; Doação de órgãos e Alta).O instrumento foi preenchido através do aplicativo Google Forms® e posteriormente, os dados do Google Planilhas® foram transferidos para Planilhas do Microsoft Excell® 2021 até a obtenção dos desfechos das internações. A população finalizou-se com 739 pacientes, sendo que a coleta das informações foi realizada a cada quatro dias no prontuário eletrônico. Resultados: a maioria (62,1%) dos pacientes eram homens, residentes na cidade de Londrina, PR (51,5%) e na faixa etária entre 71 a 80 anos. O tempo de internação variou de 4 a 16 dias até o seu desfecho, sendo o setor com maior número de internação o Pronto Socorro (71,9%). O diagnóstico mais frequente relacionou-se ao Sistema Neurológico (29,1%), e a comorbidade mais comum envolvia o Sistema Cardiovascular (39%). Em relação ao desfecho da internação, 78% receberam alta hospitalar para retornar ao domicílio. Foram considerados aos cuidados paliativos 35,7% dos pacientes, por meio do SPICT positivo. Todos esses pacientes tinham indicadores gerais de piora no estado de saúde, sendo que 48,8% eram dependente de outros para cuidados, 29,1% tinha sua capacidade funcional ruim o que os levou a buscar atendimento médico e internação, porém para apenas 1,1% foi solicitado cuidados paliativos. Entre os pacientes com SPICT positivo, 57,9% apresentaram PPS positivo. Observou-se que, entre esses pacientes, mais de 50% tinham limitações na deambulação, déficit na atividade de vida diária, evidência de doença e não realizavam o auto cuidado, tornando-os elegíveis para cuidados paliativos. Conclusão: Os resultados demonstraram que é imprescindível que os profissionais conheçam a indicação de cuidados paliativos, para estabelecerem estratégias de cuidado que foque na qualidade de vida daquele paciente. Uma vez que muitos associam o início desses cuidados ao fracasso da terapia curativa, a fim de reduzir o tempo de internação, evitar procedimentos desnecessários, diminuir a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e consequentemente, reduzir os custos e sofrimento familiar.
Descrição
Palavras-chave
Enfermagem, Cuidados paliativos, Doença crônica, Pacientes hospitalizados - Cuidados paliativos, Pacientes hospitalizados - Hospital universitário