Efeito protetor da formulação tópica contendo ácido vanílico contra inflamação e estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB em camundongos sem pelo

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Rodrigues, Camilla Carolina Arriero

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Resumo: A radiação ultravioleta B (UVB) é um dos principais fatores de risco para doenças dermatológicas e a exposição crônica à radiação UVB tem sido relacionada ao câncer de pele e ao envelhecimento cutâneo prematuro Estes eventos desencadeiam o excesso de espécies reativas de oxigênio que levam ao desequilíbrio de moléculas pro e antioxidantes, e se instala no organismo o processo denominado estresse oxidativo Neste caso os antioxidantes endógenos não conseguem manter a homeostase e se faz necessário o uso de terapias exógenos no intuito de melhorar esse desequilíbrio Neste sentido, o ácido vanílico tem se mostrado um promissor regulador desse desequilíbrio, ele é a forma oxidada da vanilina, é um composto fenólico, presente no extrato da baunilha, um agente aromatizante encontrado em plantas e frutos comestíveis, que possui atividade antioxidante Desta forma, os objetivos da presente pesquisa foram preparar uma formulação tópica contendo ácido vanílico e avaliar a estabilidade físico-química e funcional da formulação, bem como avaliar seus efeitos terapêuticos tópicos nos danos cutâneos inflamatórios e oxidativos induzidos pela radiação UVB em camundongos sem pelo As formulações contendo ou não o ácido vanílico foram preparadas e armazenadas em temperatura de 4°C, temperatura ambiente (TA) e 4±2°C/75±5% de umidade relativa (UR) pelo período de seis meses (18 dias) e em tempos pré-determinados alíquotas foram avaliadas quanto ao aspecto visual, pH, separação de fases após centrifugação Em adição, foi avaliada a estabilidade funcional pelo método do sequestro do radical ABTS+ para testar a atividade antioxidante da formulação Para os experimentos in vivo, as formulações contendo ou não o ácido vanílico foram administradas no dorso dos animais uma hora antes, cinco minutos antes e cinco minutos após o período de irradiação que durou cinco horas e meia (4,14 J/cm2) Após 2, 4 e 12h foi realizada a eutanásia dos animais para os testes de edema, cutâneo, histologias para espessura epidérmica, queratinócitos apoptoticos e colágeno dérmico, metaloproteinase 9 (MMP-9), poder redutor do íon ferro (FRAP), sequestro do radical cátion ABTS, glutationa reduzida (GSH), catalase (CAT), hidroperóxidos lipídicos (LOOH) e produção de ánion superóxido (O2•-) e as peles dos animais foram retiradas e armazenadas no -8°C Os resultados de estabilidade físico-química e funcional mostraram que a formulação foi estável nas diferentes temperaturas de armazenamento por 6 meses A formulação contendo ácido vanílico reduziu o edema cutâneo, a espessura epidérmica, o número de queratinócitos apoptóticos e os danos nas fibras de colágeno, além da secreção/atividade da MMP-9 Ainda, foi possível observar que a administração tópica de ácido vanílico incorporado a formulação resultou em uma melhora da capacidade antioxidante da pele pela manutenção do FRAP, sequestro do ABTS+, os níveis dos antioxidantes endógenos GSH e atividade da CAT, e pela redução da produção de LOOH e de O2•- Em suma, estes resultados sugerem o uso do ácido vanílico veiculado em formulação tópica como estratégia relevante para doenças cutâneas causadas pela exposição à radiação UVB

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Palavras-chave

Dermatologia, Estresse oxidativo, Ácido vanílico, Pele, Doenças, Dermatology, Oxidative stress

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