Potencial de virulência de leveduras dos complexos C. neoformans e C. gattii isoladas de excretas de aves da cidade de Londrina, Paraná

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Azevedo, Caroline Souza

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Resumo: A cidade de Londrina, localizada no norte do Paraná, tem uma grande concentração de pombos no ambiente urbano, cuja presença está relacionada a transmissão de doenças, como a criptococose, infecção causada por leveduras do gênero Cryptococcus que podem estar presentes nas excretas de aves A fim de caracterizar os fungos presentes na cidade, este trabalho teve por objetivo isolar, identificar e caracterizar os perfis de virulência e sensibilidade aos antifúngicos de Cryptococcus spp isolados de excretas de aves da cidade de Londrina, PR Foram coletadas 1 amostras de excretas de aves, em quatro locais na cidade, que foram processadas, inoculadas em Sabouraud dextrose ágar com cloranfenicol e incubadas a 28 ºC por até 7 dias As colônias leveduriformes foram isoladas e identificadas como Cryptococcus spp por visualização da cápsula através da coloração negativa com tinta da China A identificação da espécie foi realizada através de testes fenotípicos e moleculares Foram realizadas a tipagem molecular dos isolados por PCR-RFLP do gene URA5 e identificação do mating type por PCR Foram realizados testes fenotípicos de avaliação das amostras produtoras de urease, fosfolipase, melanina e formação de biofilme Foi avaliado o perfil de sensibilidade aos antifúngicos fluconazol e anfotericina B por microdiluição em caldo Foi avaliada a sobrevida de camundongos BALB/c após a infecção por quatro isolados de C neoformans Das cem amostras coletadas, 47% apresentaram crescimento de Cryptococcus spp De acordo com a identificação fenotípica, 68% dos isolados foram identificados como complexo C neoformans e 32% como complexo C gattii; já na identificação molecular foram 57,4% complexo C neoformans e 42,6% complexo C gattii Essa diferença deve-se a maior especificidade dos testes moleculares A tipagem molecular apresentou 31,9% dos isolados tipo VNI, 25,5% VNIII, 4,5% VGI e 2,1% VGII 82,9% dos isolados foram identificados como MATa e 17,1% MATa A produção de urease foi observada em 89,4% dos isolados e de melanina em 31,9% Os isolados apresentaram índice Pz médio de ,61±,11, classificados como produtores intermediários de fosfolipase Quanto a formação de biofilme, as leituras oscilaram entre ,2±,3 e 1,7±,28 A maioria dos isolados foram sensíveis ao fluconazol, 2,1% dos isolados foram resistentes (CIM > 8 µg/mL), enquanto 19,1% foram resistentes a anfotericina B (CIM > 1 µg/mL) Na avaliação da virulência, os animais foram acompanhados por 1 dias, e a infecção não foi letal Este trabalho demonstra que os isolados de Cryptococcus spp encontrados nas excretas de aves de Londrina têm capacidade de produzir diversos fatores de virulência, e alguns também apresentaram resistência à anfotericina B, um dado importante visto que essa resistência é pouco comum Este trabalho mostrou o isolamento, identificação e a caracterização de virulência e do perfil de sensibilidade de Cryptococcus spp isolados de excretas de aves da cidade de Londrina, Paraná, Brasil

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Palavras-chave

Pombos, Londrina, Pr, Criptococose (Infecção), Cryptococcus ssp, Antifúngico, Pigeons - Londrina, Pr, Antifungal, Bird droppings, Cryptococcosis (Infection)

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