Estudo do comportamento mitótico e meiótico de diferentes espécies de peixes da família Curimatidae (Characiformes)

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Sampaio, Tatiane Ramos

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Resumo

Resumo: A família Curimatidae é um grupo de peixes de água doce composto por 8 gêneros e 11 espécies, distribuídas na América do Sul e sul da América Central, encontrados em diversos ecossistemas aquáticos como rios, córregos e lagos Estudos que focam a evolução dos cromossomos nos curimatídeos, baseados em dados de bandamentos cromossômicos são escassos Da mesma forma, poucas informações se tem sobre o comportamento do nucléolo e da atividade transcricional durante a divisão meiótica, tanto nos curimatídeos, como em outros grupos de vertebrados Espécies de peixes dos gêneros Cyphocharax e Steindachnerina, de diferentes pontos da bacia do rio Paranapanema, do sistema hidrográfico Laguna dos Patos e da bacia do rio Tramandaí foram analisados Todas as espécies (Cyphocharax modestus, C saladensis, C spilotus, C voga, Steindachnerina biornata e S insculpta) apresentaram 2n=54 m-sm e NF=18, e todas as populações apresentaram indivíduos com microcromossomos B Um padrão de AgRONs simples foi observado nas seis espécies, em região terminal, diferindo quanto ao par e à localização no braço cromossômico de cada uma As AgRONs foram confirmadas pela FISH com sonda de DNAr 18S, e mostraram-se CMA3+/DAPI-, com exceção de Steindachnerina biornata, que apresentou um pequeno par de cromossomos a mais, com sítios de DNAr 18S indicando, possivelmente, um padrão múltiplo para esta espécie A heterocromatina distribuiu-se em regiões pericentroméricas e em algumas regiões terminais, mostrando-se CMA3+/DAPI- Em Steindachnerina biornata foi observado o par da RON com heterocromatina CMA3+ nas duas regiões terminais, sendo um bloco no braço longo associado à RON e uma marcação mais discreta no braço curto, que pode ser considerado um marcador espécie-específico Apesar do número diploide conservado, foi possível caracterizar e diferenciar as espécies de curimatídeos, que apresentaram divergências na localização das RONs, mostrando que a evolução cromossômica nos curimatídeos vem sendo acompanhada de rearranjos na microestrutura cariotípica Em relação ao comportamento das RONs durante a meiose dos curimatídeos, o nitrato de prata evidenciou um nucléolo nos núcleos em interfase, um par de cromossomos nas metáfases espermatogoniais e um bivalente nos paquítenos; nas células em diplóteno, diacinese, metáfase I e II, as AgRONs não foram evidenciadas A FISH confirmou a AgRON nos núcleos, nas espermatogonias e nos paquítenos e evidenciou esta região nos demais estágios meióticos, da mesma forma que o fluorocromo CMA3, que revelou marcas fluorescentes em todos os estágios meióticos analisados A ausência de impregnação da prata após o estágio de paquíteno, provavelmente, é devido a uma inativação da atividade dos genes ribossômicos e que, no final da divisão meiótica, são ativados novamente Estes resultados mostram que todo o aparato proteico relacionado à atividade transcricional passa por alterações, levando a sua inatividade, mas que não alteram as sequências gênicas, permitindo assim uma correta divisão celular

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Palavras-chave

Peixe, Citologia, Cromossomos, Heterocromatina, Meiose, Fish, Chromosome, Meiosis, Cytology

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