A "dislexia" e o ensino-aprendizagem da língua inglesa

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Tonelli, Juliana Reichert Assunção

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Resumo

Resumo: Sendo a língua estrangeira de oferta obrigatória a partir do segundo ciclo do Ensino Fundamental e, na maior parte dos casos, a língua inglesa (LI) ser encontrada na grade curricular de escolas públicas e/ou privadas, justifica-se a importância de seu ensino ser alvo de investigações quando se trata de qualquer dificuldade de aprendizagem Este estudo de caso objetiva investigar as relações entre dificuldades de aprendizagem de leitura e escrita e aprendizagem de LI em um aluno diagnosticado disléxico em uma escola pública no Estado do Paraná Diferentes nomenclaturas, com base em uma visão de linguagem como código, têm sido utilizadas para referirem-se à dificuldade com a linguagem escrita: dislexia, dificuldade de aprendizagem específica, dificuldade de leitura e escrita, dislexia do desenvolvimento, dislexia específica de evolução, entre outras (HOUT, 21; SNOWLING; STACKHOUSE, 24; SHAYWITZ, 26) Em direção oposta, pesquisadores como Massi (24a; 27), Moysés e Collares (1992), Moysés (21), por exemplo, defendem que, longe de ser uma patologia centralizada no aprendiz, ao agir na e sobre a linguagem, o aluno está criando hipóteses as quais, muitas vezes, não estão de acordo com convenções socialmente estabelecidas São três os objetivos específicos de pesquisa: 1) analisar os instrumentos mediadores em relação ao ensino-aprendizagem de compreensão e produção escrita em LI; 2) identificar os tipos de dificuldades de aprendizagem apresentadas por um aluno aprendiz de inglês diagnosticado disléxico; e 3) investigar as capacidades de linguagem e as possibilidades de aprendizagem do sujeito de pesquisa na compreensão e produção escrita em LI Com base nos pressupostos teórico-metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD), assim como proposto por Bronckart (23; 24; 26) e Schneuwly e Dolz (24), foi explorado o gênero textual “carta de apresentação pessoal” em torno de uma Sequência Didática (SD) (DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993) para o ensino-aprendizagem da compreensão e produção escrita em LI Os dados foram analisados com base nos conceitos de instrumento (RABARDEL, 1995; DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993); Zona Proximal de Desenvolvimento (VYGOTSKY, 21); capacidades de linguagem (DOLZ; PASQUIER; BRONCKART, 1993); e as fontes de dificuldades na linguagem escrita (DOLZ; GAGNON; TOULOU, 28; DOLZ; GAGNON; DECÂNDIO, 21) Os resultados apontam o papel fundamental dos instrumentos mediadores, revelam que as dificuldades do aluno se deram em função da falta de domínio da LI e que ele lançou mão de estratégias, revelando ter capacidades de linguagem desenvolvidas Conclui-se que o ensino-aprendizagem da LI com o uso de uma SD em torno de um gênero textual, em atividades mediadas por outrem, levaram o sujeito de pesquisa a utilizar a LI em atividades envolvendo a escrita, revelando, assim, que o diagnóstico do aluno não se justifica

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Palavras-chave

Língua inglesa, Interacionismo sociodiscursivo, Crianças disléxicas, Avaliação, Distúrbios da linguagem nas crianças, Study and teaching, Socio-discursive interactionism, Written comunication, Learning ability, Language disorders in children, Inability to

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