Gênero e plataformização: uma crítica à dona de casa digital

Data

2025-09-11

Autores

Silva, Gabriela Fernandes

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Resumo

Esta dissertação busca entender como o processo de plataformização é atravessado por uma questão de gênero, a partir da análise crítica do livro A Dona de Casa Digital: feminismo, trabalho e mídia digital, de Kylie Jarrett (2021). A pesquisa parte da hipótese de que a plataformização e o avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), longe de promoverem emancipação feminina, reforçam a precarização do trabalho e a exploração de gênero sob o capitalismo. Por meio de revisão bibliográfica, o estudo articula os pensamentos do feminismo marxista, com ênfase na teoria crítica do valor, aos pressupostos da Economia Política da Comunicação (EPC). São debatidos conceitos como valor-clivagem, trabalho reprodutivo não remunerado e subsunção do trabalho ao capital, a fim de questionar a romantização da tecnologia como ferramenta de autonomia feminina. Ao criticar a noção de “trabalho dos consumidores” proposta por Jarrett, evidenciamos como a lógica patriarcal-capitalista segue estruturando desigualdades de gênero mesmo nas formas de trabalho imaterial e digital. A dissertação defende que a libertação das mulheres exige uma crítica radical às estruturas econômicas e sociais vigentes, indo além de abordagens liberais que ignoram o papel central do trabalho doméstico na reprodução do capital

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Palavras-chave

Feminismo marxista, Valor-clivagem, Plataformização, Economia Política da Comunicação, “Trabalho digital”, Feminismo, Patriarcado, Gênero, Tecnologia, Capitalismo

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