Níveis séricos de vitamina D e de marcadores de estresse oxidativo em pacientes com doença renal crônica não dialítica
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Godeny, Paula
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Resumo
Resumo: A Doença Renal Cônica (DRC) é uma síndrome clínica decorrente da perda progressiva e irreversível das funções renais que está associada à elevada mortalidade cardiovascular e baixos níveis de vitamina D Fatores de risco cardiovascular específicos da DRC, como toxinas urêmicas, inflamação, estresse oxidativo aumentado e metabolismo do cálcio e fósforo alterados (incluindo a deficiência de vitamina D) somam-se aos fatores de risco tradicionais na explicação desta mortalidade tão aumentada Existem diferenças entre as diretrizes sugeridas pelo Kidney Disease Outcomes Quality Initiative (KDOQI) e pelo Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) com relação ao metabolismo mineral e ósseo na DRC Este estudo teve por objetivo verificar a existência de uma possível associação entre deficiência de vitamina D e níveis séricos de marcadores de estresse oxidativo em pacientes com DRC estágios 3-5 (não dialítico) Foi realizado um estudo transversal com 158 pacientes com DRC do Ambulatório de DRC da disciplina de Nefrologia da Universidade Estadual de Londrina e do Instituto do Rim de Londrina, na cidade de Londrina, Paraná Foram excluídos os menores de 18 anos, em uso de suplementação de qualquer forma de vitamina D, os pacientes já em diálise ou receptores de transplante renal, pacientes com antecedente de cirurgia de bypass intestinal ou história de enterectomia prévia, história de doença intestinal de má absorção ou de cirrose hepática, presença de doença infecciosa ou maligna ativa, perda inexplicada de mais de 5% do peso corporal nos últimos 6 meses, em uso de corticóides ou de outros fármacos que pudessem interferir no metabolismo da vitamina D Os participantes responderam a um questionário para coleta de dados,e foram submetidos a exame clínico Foram realizados exames de: 25(OH)D, 1,25(OH)2D, creatinina, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, PTHi, glicose, hemoglobina, ácido úrico, colesterol total, LDL, HDL, triglicérides, índice proteinúria/creatininúria, PCR e fibrinogênio O estresse oxidativo foi avaliado pela quantificação da AOPP, determinação da peroxidação lipídica pela dosagem de hidroperóxidos lipídicos e MDA, quantificação dos metabólicos do NO (NOx) e avaliação da capacidade antioxidante total (TRAP) Os pacientes foram separados em grupos conforme os valores séricos da vitamina D em adequados =3ng/mL, insuficientes entre 15 e 29,9 ng/mL e deficientes <15ng/mL Aproximadamente 6% dos pacientes apresentaram níveis inadequados de vitamina D Não foi encontrada diferença significativa entre os grupos separados pelos níveis de 25(OH)D (adequado, insuficiente e deficiente) em relação ao peso, altura, IMC, circunferência abdominal, PCR, fibrinogênio, TRAP, MDA, NOx, AOPP e hidroperóxido Houve correlação positiva entre os níveis de vit D e os níveis de1,25(OH)2D, TFGe e albumina, bem como houve correlação negativa entre os níveis de vit D e os níveis de PTHi e a relação proteinúria/creatinúria Não foram encontradas correlações entre os valores da 25(OH)D e as medidas antropométricas analisadas, também não houve correlação entre os valores da vitamina D e os marcadores de estresse oxidativo ou de inflamação (PCR e fibrinogênio) Este estudo possibilitou verificar, também, que as diretrizes sugeridas pelo KDIGO se mostraram mais apropriadas para acompanhamento e tratamento da hipovitaminose D em pacientes com DRC não dialítica
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Palavras-chave
Insuficiência renal crônica, Vitamina D, Deficiência de vitamina D, Estresse oxidativo, Chronic renal insufficiency, Vitamin D, Oxidative stress