Avaliação toxicogenética do extrato aquoso de Rhizophora mangle utilizando células de mamíferos em ensaios in vitro e in vivo

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Lima, Maressa Cristiane Malini de

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Resumo: Rhizophora mangle L (Rhizophoraceae) é uma espécie nativa de manguezal e apresenta grande quantidade de polifenóis em sua casca É utilizada na medicina popular como anti-séptico, antifúngico e cicatrizante e no município de Vitória/ ES/ Brasil é utilizada como matéria-prima para a confecção das tradicionais panelas de barro O presente trabalho teve como objetivos avaliar as atividades citotóxica, pró-apoptótica, mutagênica e antimutagênica do extrato aquoso da casca de R mangle L, bem como verificar a expressão de genes do estresse oxidativo (SOD1, GPX1), do biometabolismo de drogas (GSTP1) e de apoptose (CASP9) em células de hepatoma de Rattus norvegicus (HTC) cultivadas in vitro O ensaio do MTT foi realizado com 2x14 células expostas a diferentes concentrações do extrato (4,37 a 112 µg/mL) por 24 horas O índice de apoptose em células HTC tratadas com três concentrações de extrato (17,5; 28,; 35, µg/mL) foi obtido utilizando-se o método de coloração diferenciada com laranja de acridina e brometo de etídeo As mesmas concentrações do extrato foram avaliadas quanto às suas possíveis mutagenicidade e antimutagenicidade in vitro pelo ensaio do micronúcleo, sendo empregados, para a avaliação da atividade protetora, os protocolos de pré-tratamento, pós-tratamento, tratamento simultâneo e tratamento simultâneo com incubação Para verificar a expressão gênica foi realizada a metodologia de RT-PCR em tempo real, utilizando-se 35, µg/mL de extrato para o tratamento das células HTC Também foi realizado ensaio de DL5 sob dose única intraperitonial e mutagenicidade in vivo, com sangue periférico de camundongos submetidos a tratamento agudo e sub-agudo com três concentrações do extrato de R mangle: 7 , 14 e 28 mg/Kg pc Os resultados obtidos mostraram que células HTC tratadas com extrato da casca de R mangle não apresentaram nenhuma alteração quanto à viabilidade celular A análise do índice apoptótico mostrou potencial pró-apoptótico do extrato a 35, µg/mL A DL5 in vivo foi de 56 mg/kg pc As três concentrações avaliadas não apresentaram mutagenicidade in vitro e in vivo e foi observado efeito protetor do extrato (35, µg/mL) em relação aos danos causados pela DXR (,75µg/mL) nos quatro protocolos de tratamentos usados As porcentagens de redução de danos calculadas permitem afirmar que o extrato exerceu forte proteção quando foram utilizados os protocolos de pré-tratamento e tratamento-simultâneo, indicando uma atividade desmutagênica A obtenção de porcentagens de redução de danos no DNA igual ou menor que 6% em tratamento simultâneo com pré-incubação leva à hipótese de que a atividade desmutagênica observada não ocorreu por interação extrato-DXR Portanto, o extrato provavelmente atuou impedindo que a DXR atingisse a molécula de DNA Dados da análise transcricional dos genes SOD1, GSTP1 e CASP9 mostraram aumento de expressão em células tratadas com extrato quando comparadas com o controle Portanto, o efeito protetor encontrado em células HTC provavelmente deve ser devido ao aumento das defesas antioxidantes que este extrato exerce sobre as células A indução de apoptose pelo extrato na concentração de 35, µg/mL também foi confirmada pela análise transcricional do gene CASP9, o que infere a atuação deste extrato por ativação de caspases

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Palavras-chave

Plantas, Toxicidade genética, Citogenética vegetal, Testes de mutagenicidade, Rizoforacea, Toxicity genetic, Plant cytogenetics, Plant

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