Mudanças temporais das características clínicas e prognóstico de pacientes graves admitidos em unidade de terapia intensiva de hospital universitário

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Galvão, Glaucia Elizabete

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Resumo

Resumo: Introdução: O gerenciamento das unidades de terapia intensiva e o consequente resultado na qualidade da medicina intensiva, tem sido extensivamente estudado no mundo O conhecimento do perfil de pacientes graves, da utilização de recursos terapêuticos e da sua variação ao longo do tempo pode subsidiar melhor o planejamento do fluxo dos pacientes e a alocação de recursos especializados de terapia intensiva Objetivo: Examinar variações dos padrões clínicos, uso de recursos terapêuticos e resultados da internação de pacientes adultos admitidos na unidade de terapia intensiva por um período de seis anos Métodos: Estudo de coorte retrospectivo realizado no período de janeiro de 211 a dezembro de 216 em pacientes adultos na unidade de terapia intensiva do Hospital Universitário de Londrina Foram coletados dados dos escores APACHE II, SOFA e TISS 28 do dia da admissão O tempo de permanência e o desfecho na saída hospitalar foram registrados O nível de significância adotado foi de 5% e as análises realizadas utilizando-se os programas EpiInfo 7 (CDC, USA) e MedCalc para Windows, versão 1522 (MedCalc Software bvba, Ostend, Belgium) Resultados: Foram analisados os dados de 3711 pacientes no período do estudo Os pacientes apresentaram mediana de idade de 58, anos, sendo que 59% eram homens A mediana do tempo de permanência foi de 4, dias na UTI e 16, dias no hospital O diagnóstico mais frequente na admissão da UTI foi sepse e 11,2% da amostra apresentava comorbidades Quanto ao tipo de paciente admitido na unidade intensiva 1248 eram clínicos e 125 eram pós-operatório de cirurgia de urgência A presença de injúria renal e o uso de ventilação mecânica à admissão na UTI apresentou aumento no período de 211 a 215 e redução em 216 Nos anos de 214 e 215, houve aumento do tempo de permanência hospitalar, da mortalidade e da média dos escores prognósticos APACHE II e SOFA Conclusões: Houve aumento da média de idade dos pacientes admitidos na terapia intensiva no período de estudo Foi observado variação nos valores dos escores prognósticos com tendência a aumento nos primeiros anos e redução no último ano de observação O uso de ventilação mecânica aumentou progressivamente nos primeiros cinco anos e reduziu no sexto ano, assim como as taxas de mortalidade na UTI e no hospital

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Palavras-chave

Unidade de tratamento intensivo, Doentes em estado crítico, Tratamento intensivo, Intensive care units, Critically ill

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