Distância social e estigma de profissionais de saúde sobre pessoas que tentaram o suicídio

Data

2023-02-24

Autores

Barbosa, Karoline Hyppolito

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Resumo

Introdução: O estigma é frequentemente observado em pessoas com transtornos mentais, isso ocorre devido à rotulação acompanhada de preconceitos ou estereótipos. Como produto do estigma, a distância social surge após a rejeição dessas pessoas e é utilizada para identificar o nível de proximidade ou afastamento entre determinado grupo e outro. Objetivo: Mensurar a percepção da distância social e percepção do estigma em profissionais de saúde acerca de pessoas que tentaram o suicídio. Método: Estudo transversal, composto de uma etapa metodológica, no qual serão aplicadas vinhetas baseadas em casos clínicos retirados da literatura, mediante análise de concordância pelos juízes especialistas em saúde mental, seguida da aplicação da vinheta e respectiva escala de Distância Social em profissionais da saúde. Resultados: A análise da concordância entre os experts foi evidenciada por meio do teste Kappa de Fleiss, neste estudo o valor de concordância foi de 0,90 com IC 95% de 0,69-1,10 e p<0,001 o que indicou concordância adequada entre os juízes para o construto analisado, assim como o teste de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) que indica a conformidade da análise, sendo consideradas apenas as cargas fatoriais significativas > 0,52. Considerando a necessidade de uma análise qualitativa, devido a alteração da estrutura subjacente dos itens, pressupõe-se que uma nova organização seria mais conveniente de ser apresentada. Assim, foram criadas três categorias, segundo os casos clínicos descritos nas vinhetas: (I) Estigma da pessoa com risco de Suicídio associado à imagem corporal de Sobrepeso; (II) Estigma da pessoa com Risco de suicídio associado ao contraimento de Relacionamento Extraconjugal; e (III) Estigma da pessoa com risco de suicídio por atuar como Profissional do Sexo. Isso foi necessário devido à população do estudo direcionar as respostas conforme a subjetividade das vinhetas em relação a cada uma das variáveis. Conclusão: O estigma e a distância social puderam ser identificados ao longo do estudo, porém, contrário ao esperado, os profissionais de saúde apresentaram relutância em tal avaliação devido à interferência dos casos clínicos que representavam pessoas com baixo, médio e alto risco de suicídio. A presença de tais variáveis ficou clara em relação aos casos clínicos em que os profissionais identificaram que o fato de ter proximidade com as pessoas descritas, não era algo vantajoso, independente do risco de suicídio descrito.

Descrição

Palavras-chave

Estigma social, Ideação suicída, Saúde mental, Profissionais da saúde, Suicídio

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