Condutas alimentares e fatores associados em professores da Rede Estadual de Ensino de Londrina-PR

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Dias, Ana Luísa

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Resumo

Resumo: A profissão docente é reconhecida por sua importância na formação da sociedade, porém vem sofrendo grande desvalorização, caracterizando-se como profissão de ritmo acelerado e estressante e, em alguns casos, de pluriemprego, resultando em menos tempo para questões relacionadas à saúde como alimentação, atividade física, sono e lazer Nesse contexto, evitar certas condutas alimentares não recomendadas e adotar outras condutas tidas como recomendadas pode ser difícil tarefa no cotidiano de professores Vista a importância social e escassez de trabalhos que estudem as características do perfil das condutas alimentares adotadas por essa população, objetivou-se caracterizar as condutas alimentares de professores de Escolas Estaduais de Londrina, Paraná, e os fatores associados Realizou-se estudo transversal com todos os professores atuantes nas 2 escolas estaduais com maior número de professores de Londrina Informações foram coletadas por meio de entrevista individual que incluiu questões sobre alimentação, atividade física, hábitos de vida, aspectos sociodemográficos e condições de trabalho Os dados foram analisados de forma descritiva e as associações estudadas mediante regressão logística multinomial não ajustada para estimação das odds ratio Foram incluídos 978 professores, com 68,5% do sexo feminino e média de idade (± desvio padrão) de 41,5 ± 1 anos, variando de 19 a 68 anos Quatro em cada dez professores atuavam em dois vínculos empregatícios, a média de carga horária semanal total de trabalho foi de 37 horas e 54 minutos, e a maior parte (42,%) atuava de 4 a 49 horas semanais Em relação às condutas alimentares, verificou-se que grande parte dos professores adotava condutas não recomendadas com média frequência, variando de 4,6% (comer assistindo televisão ou em frente ao computador) a 58,% (comer salgadinhos ou doces entre as refeições principais) Quanto às condutas alimentares recomendadas, uma considerável parcela dos entrevistados as adotava com alta frequência (sempre ou diariamente), variando de 44,9% (consumir frutas) a 6,% (retirar a pele da carne de frango) Com relação aos fatores associados, observou-se que, de maneira geral, professores com até 5 anos de idade e que referiram consumo de álcool apresentaram menor chance de adotar condutas alimentares recomendadas e maior chance de seguir condutas não recomendadas quando comparado com professores com idade acima de 5 anos e com os que não consumiam álcool, respectivamente Concluiu-se que professores da Rede Estadual que atuam na educação básica referiram adotar com maiores frequências condutas alimentares que influenciem positivamente em sua saúde Além disso, características sociodemográficas e de estilo de vida parecem ser fatores mais importantes para compreender o comportamento alimentar desses professores que as condições de trabalho

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Palavras-chave

Hábitos alimentares, Professores, Professores, Saúde e trabalho, Estilo de vida, Food habits, Teachers, Health and work, Teachers

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