Processo educativo à pessoa vivendo com HIV em supressão virológica parcial: pesquisa convergente assistencial

Data

2022-12-05

Autores

Souza, Lilian Caroline Ferreira Bomfim de

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Resumo

Introdução: A tecnologia educativa se utiliza de um método ilustrativo, que proporciona orientações dinâmicas e interativas sobre o ciclo natural da infecção pelo vírus, o desenvolvimento da aids, a ação da terapia antirretroviral (TARV), o alcance da supressão viral pela adesão contínua ao tratamento. Objetivos: Realizar um diagnóstico situacional acerca dos motivos que culminaram em supressão virológica parcial de pessoas vivendo com HIV que fazem tratamento em um centro de referência; implementar educação em saúde com a clientela previamente explanada utilizando tecnologia educativa lúdica e interativa sobre a correta utilização da TARV e outras especificidades do HIV; analisar as percepções dos indivíduos que participaram deste processo educativo. Método: Trata-se de um estudo pautado na Pesquisa Convergente Assistencial (PCA) que aconteceu no período de outubro de 2021 a maio 2022. O cenário do estudo foi o Serviço de Atenção Especializada (SAE), localizado no município de Londrina-PR, Brasil. Os participantes da pesquisa foram as PVHIV que utilizaram o referido serviço no período de realização do estudo. A operacionalização do estudo aconteceu obedecendo as etapas propostas na PCA: Concepção, Instrumentação, Perscrutação e Análise dos dados. Resultados: Participaram desse estudo 13 PVHIV, sendo cinco homens e oito mulheres. A idade deles variou entre 23 e 71 anos. O tempo de uso de TARV dos pacientes oscilou entre sete e 27 anos; enquanto o tempo de diagnóstico variou entre seis e 27 anos. O período de vinculação no SAE do estudo variou de três a 27 anos. A carga viral identificada na amostra variou de 45 cópias/ml a 67.930 cópias/ml. Durante a fase de diagnóstico situacional, notou-se que a causa relacionada à supressão virológica parcial foi a falha na adesão ao tratamento, desencadeada pelos efeitos colaterais dos medicamentos, sentimento de preconceito advindo das relações interpessoais, problemas familiares, dificuldade de acesso ao serviço de saúde e esquecimento das doses dos medicamentos. Da análise de conteúdo das falas dos entrevistados após intervenção educativa em saúde, emergiram três categorias empíricas: O despertar para a importância do uso correto da TARV, os sentimentos advindos do processo educativo e o conhecimento na superação de estigmas sociais, que contribuem de forma positiva na compreensão da doença, ciclo vital e qualidade de vida, fortalecendo a importância e seguimento no tratamento com a TARV. Conclusão: A realização de educação em saúde para as PVHIV, foi capaz de promover troca de saberes populares e científicos, além de permitir o estabelecimento do diálogo centrado na efetividade de informações e qualificação da convivência com a doença, aprendizado para todos os envolvidos, possibilitando a percepção acerca da importância do fortalecimento do vínculo ensino-serviço e da utilização do diálogo no contexto da coletividade.

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Palavras-chave

Infectologia, Enfermagem, HIV, AIDS, Tecnologia educacional, Educação em saúde, Aprendizagem, HIV (Vírus), Infecções

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