Arte e cuidado em saúde: experienciação do cuidado nos encontros vividos no projeto Sensibilizarte

dc.contributor.advisorBortoletto, Maira Sayuri Sakay
dc.contributor.authorAraujo, Flávia Maria
dc.contributor.bancaSeixas, Clarissa Terenzi
dc.contributor.bancaLopes, Maria Lucia da Silva
dc.contributor.bancaGonzález, Alberto Durán
dc.contributor.bancaMelchior, Regina
dc.coverage.extent136 p.
dc.coverage.spatialLondrina
dc.date.accessioned2024-09-04T11:49:54Z
dc.date.available2024-09-04T11:49:54Z
dc.date.issued2021-04-29
dc.description.abstractO cuidado pode ser considerado a base dos serviços de saúde, com diversos modos para a sua efetivação. Pressupõe considerar o usuário como interlocutor válido e incluir seus desejos na atuação profissional. Ele acontece no encontro entre trabalhador e usuário, quando o profissional é afetado pelo usuário e busca atender suas necessidades de saúde. Para operar assim, o trabalhador precisa escutar o usuário e colocá-lo no centro de sua atuação. Entretanto, nem sempre isso ocorre, o cuidado fica empobrecido em meio à várias questões, como as capturas que a indústria médico-hospitalar faz dos serviços, formações em saúde focadas em procedimentos e organização rígida dos serviços. Desse modo, fica aparente a necessidade de uma ferramenta capaz de agenciar a sensibilidade humana e fazer despertar para a necessidade de cuidado. Encontramos essa ferramenta na arte, que tem se mostrado uma potente atividade cuidadora, capaz de sensibilizar. Nessa temática, a Universidade Estadual de Londrina-UEL desenvolve um Projeto de Extensão chamado “Sensibilizarte: Arte Como Instrumento Para Humanização Na Formação E No Cuidado Em Saúde”, que tem por objetivo sensibilizar os discentes dos cursos da saúde para uma formação cuidadora. O projeto faz isso levando os participantes para realizarem atividades artísticas dentro do Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná- HU/UEL. São quatro modalidades artísticas: artesanato, contação de histórias, música e palhaço. Nos questionamos sobre como é produzido o cuidado pelo participante do Projeto Sensibilizarte, no encontro que produz vida com o usuário do hospital e, para responder, realizamos uma pesquisa qualitativa na modalidade cartografia com o objetivo: cartografar a produção de corpos sensíveis para o encontro na produção de cuidado, vivenciados na incursão do Projeto Sensibilizarte. Essa cartografia se deu pelo corpo da pesquisadora em campo, que fez uma incursão dentro do projeto, executando todas as atividades dele como uma estudante, tornando-se parte do projeto. O processamento do campo se deu pelo registro em Diário de Campo e pela conversa com autores como Deleuze e Guattari. A pesquisadora tinha um corpo-bailarina anterior, que uniu-se à constituição de seu corpo-cartógrafa, misturando-se na vivência do campo. Ao final, a cartógrafa-bailarina pôde analisar o campo e produzir conhecimentos. Esses resultados foram trazidos em formato de dois artigos, ambos na perspectiva da arte como possibilidade de ferramenta de cuidado. O primeiro: “A arte no agenciamento da produção de cuidado em um hospital público”, traz cenas de cuidado em formato de narrativa, em que trabalhadores do HU foram agenciados pela atuação do projeto. Ao receber o cuidado da arte solicitaram aos estudantes que fossem prestar o mesmo cuidado a determinados usuários. Mostra que cuidar do trabalhador é importante para que ele perceba a necessidade da sensibilidade em seu trabalho. O segundo artigo: “A arte como ferramenta para a formação em saúde: um resgate do encontro de cuidado”, mostra como o projeto possibilita a formação do estudante baseada em tecnologias leves (acolhimento, empatia, vínculo). Ao executar as atividades artísticas o estudante percebe que além das doenças a serem tratadas, há seres humanos que necessitam de acolhimento. Abrem seu corpo para o afeto e percebem o sofrimento junto à doença. Percebem que a ação deles enquanto artistas é capaz de melhorar a experiência de internação, deixando-a mais leve. Essas habilidades podem ser transferidas para a formação profissional, colaborando para uma futura atuação que considere a sensibilidade humana. Ao final, a cartógrafa-bailarina sai de cena levando consigo o conhecimento: o projeto é uma ferramenta potente para a formação de trabalhadores em saúde com corpos sensíveis ao cuidado e marca o corpo do profissional que está atuando no HU, proporcionando encontros de cuidado do qual eles também necessitam.
dc.description.abstractother1Care can be considered the basis of health services, with several ways to implement it. Care presupposes considering the user as a valid interlocutor and including his / her desires in professional practice. Care takes place at the meeting between worker and user, when the professional is affected by the user and seeks to meet their health needs. In order to operate in this way, the worker needs to listen to the user and place him at the center of his performance. However, this does not always happen, care is impoverished in the midst of several issues such as the captures that the medical-hospital industry makes of services, health training focused on procedures and rigid organization of services. Thus, the need for a tool capable of managing human sensitivity and awakening to the need for care becomes apparent. We find this tool in art, which has been shown to be a powerful caring activity and capable of raising awareness. In this theme, the State University of Londrina-UEL develops an Extension Project called "Sensibilizarte: Art as an Instrument for Humanization in Training and Health Care", which aims to sensitize students of health courses for a caregiver training. It does this by taking them to perform artistic activities within the Regional University Hospital of Northern Paraná - HU / UEL. There are four artistic modalities: handicrafts, storytelling, music and clown. We asked ourselves about how care is produced by the participant of the Sensibilizarte Project, in the meeting that produces life with the hospital user, and to respond we conducted a qualitative research in the cartography modality with the aim: to map the production of sensitive bodies for the encounter in the production of care, experienced in the foray into the Sensibilizarte Project. This cartography was made by the body of the researcher in the field, who made a foray into the project carrying out all his activities, as a student, becoming part of the project. The processing of the field took place by recording it in the Diário de Campo and by talking to authors such as Deleuze and Guatarri. The researcher had a previous body-dancer, who joined the constitution of her body-cartographer, mixed in the experience of the field. At the end, the cartographer-dancer can analyze the field and produce knowledge. These results were brought in the format of two articles, both from the perspective of art as a possibility of a care tool. The first: “Art in the management of the production of care in a public hospital”, brings the care scenes in a narrative format in which HU workers were managed by the performance of the project. Upon receiving art care, they asked students to provide the same care to certain users. It shows that taking care of the worker is important so that he realizes the need for sensitivity in his work. The second article “Art as a tool for health education: a rescue from the care encounter”, shows how the project enables student training based on light technologies (welcoming, empathy, bonding). When performing artistic activities, the student realizes that in addition to the diseases to be treated, there are human beings who need reception. They open their bodies to affection and perceive the suffering with the disease. They realize that their action as an artist is able to improve the hospitalization experience, making it lighter. These skills can be transferred to professional training, collaborating for a future performance that considers human sensitivity. At the end, the dancer-cartographer leaves the scene with the knowledge: the project is a powerful tool for the training of health workers with bodies sensitive to care, and marks the body of the professional who is working at the HU, providing care meetings of which they they also need it.
dc.identifier.urihttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17418
dc.language.isopor
dc.relation.departamentCCS - Departamento de Saúde Coletiva
dc.relation.institutionnameUniversidade Estadual de Londrina - UEL
dc.relation.ppgnamePrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
dc.subjectCuidado
dc.subjectArte
dc.subjectSaúde coletiva
dc.subjectFormação
dc.subjectSensibilizarte
dc.subject.capesCiências da Saúde - Saúde Coletiva
dc.subject.keywordsCare
dc.subject.keywordsArt
dc.subject.keywordsCollective health
dc.subject.keywordsFormation
dc.subject.keywordsSensibilizarte
dc.titleArte e cuidado em saúde: experienciação do cuidado nos encontros vividos no projeto Sensibilizarte
dc.title.alternativeArt and health care: experience of care in meetings lived in the Sensibilizarte project
dc.typeTese
dcterms.educationLevelDoutorado
dcterms.provenanceCentro de Ciências da Saúde

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