Aspectos morfoanatômicos e fisiológicos de folhas de sol e de sombra de Lithraea molleoides (Vell.) Engl. (Anacardiaceae)

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Resumo: Face à heterogeneidade dos estratos arbóreos, plantas de florestas tropicais apresentam mudanças estruturais e fisiológicas significativas em resposta às diferentes condições de luminosidade Adaptações de folhas de um mesmo indivíduo às diferentes intensidades luminosas, constituem a base da diferenciação entre folhas de sol e folhas de sombra e estão associadas a características morfoanatômicas e fisiológicas distintas O objetivo deste estudo foi comparar a morfoanatomia e a fisiologia de folhas de sol e de sombra de um único indivíduo de Lithraea molleoides (Vell) Engl (Anacardiaceae) O indivíduo se encontra no Parque Ecológico da Klabin, Fazenda Monte Alegre, pertencente ao município de Telêmaco Borba- PR, segundo planalto paranaense L molleoides é uma espécie arbórea nativa, heliófita, pioneira, conhecida vulgarmente como aroeira-branca; ocorre naturalmente nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul Apresenta folhas compostas alternas, imparipinadas, aladopecioladas Para os estudos morfológicos foram coletadas sete folhas da porção superior periférica do indivíduo (folhas de sol) e sete da porção inferior interna, protegida do sol (folhas de sombra) As áreas foliolares e foliares foram obtidas com o auxílio do aparelho ÁREA METER, Li-Cor Secções transversais de folíolos e pecíolos foram obtidas em micrótomo de mesa para a preparação de lâminas permanentes, conforme metodologia usual e todas as medidas histológicas foram obtidas com o auxílio do software Image Pro-Plus A área foliar de sol foi 56,6% menor que a área foliar de sombra não apresentando diferenças em relação ao número de folíolos por folha A face adaxial da epiderme de folíolos de sol foi 22,2% mais espessa que a face adaxial dos folíolos de sombra, não havendo diferença na espessura da face abaxial da epiderme A espessura cuticular da epiderme, tanto na face adaxial como na face abaxial, apresentou-se maior em folíolos de sol, bem como a espessura de parênquima paliçádico e lacunoso O número de estômatos, por unidade de área, foi maior nos folíolos de sol, não havendo diferença em relação ao diâmetro O diâmetro e o número dos elementos traqueais não foram diferentes A diferença anatômica dos tecidos peciolares ocorreu apenas na espessura do parênquima cortical, maior em folhas de sol e feixes vasculares, mais espessos em folhas de sombra Para os estudos fisiológicos foram coletadas dez folhas de cada porção da árvore O equipamento utilizado para as medidas de taxa fotossintética, condutância estomática, taxa transpiratória e concentração intercelular de CO2 foi o Portable Photosyntesis System, a extração de clorofila seguiu a metodologia de Arnon e as análises de nutrientes foram realizadas de acordo com a metodologia do laboratório de análises da EMBRAPA Soja, Londrina- PR A taxa fotossintética, razão clorofila a/ clorofila b, condutância estomática, concentração intercelular de CO2 e conteúdo de Ca e Mg foram os mesmos para as folhas de sol e sombra, diferindo-se quanto aos teores de clorofila, taxa transpiratória e demais conteúdo de nutrientes, que foram maiores em folhas de sombra Os resultados indicam que as folhas de sol apresentam adaptações que dificultam a perda de água nos períodos desfavoráveis aumentando a eficiência no uso da água As folhas de sombra apresentam maior área foliar e maiores teores de clorofilas, cutícula e face adaxial da epiderme menos espessas, maior área das lacunas do parênquima lacunoso em relação à área do próprio parênquima para aproveitar a energia luminosa incidente na porção inferior interna da árvore

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Palavras-chave

Aroeira branca, Anacardiaceae, Morfologia vegetal, Anatomia vegetal, Fisiologia vegetal, Lithraea molleoides, Anacardiaceae, Plant morphology, Vegetable anatomy, Plant physiology, Botany

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