Ações de políticas linguísticas no processo de internacionalização do ensino superior: o caso do IsF na UEL

Data

2022-04-07

Autores

Paiva, Marluce Fagotti de

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Resumo

Estudos sobre internacionalização têm se intensificado no Brasil a partir do surgimento de programas que fomentaram a mobilidade acadêmica no país a partir de 2012. Com base no entendimento de que a internacionalização promove cooperação e solidariedade entre nações, melhorando a qualidade e relevância da educação superior contribuindo para o avanço de pesquisas em âmbitos internacionais (KNIGHT, 2008), diversos estudos tiveram como tema ações oriundas desses programas com vistas à internacionalização (PASSONI, 20018; MOLINARI, 2020; AMORIM, 2020; CHAGAS, 2021). Este estudo soma-se a outros estudos que se debruçam sobre a internacionalização e programas que promovam política linguística nas Instituições de Ensino Superior (IES), analisando especificamente a implementação do Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) na Universidade Estadual de Londrina (UEL) durante os vinte meses de atuação, caracterizando-se como estudo de caso. Fundamentada pelo referencial teórico de internacionalização propostos por Hudzik (2011), Sarmento, Abreu-e-Lima e Moraes Filho (2016); Altbach e Knight (2007) e Finardi (2016) e de políticas públicas e linguística por Lasswell (1950), Lindblom (1980), Ball (2006) e Weber (2016), esta pesquisa teve como objetivo principal investigar a implementação e a gestão do programa IsF na UEL com vistas a identificar as etapas necessárias para a implementação e a gestão de programas que promovam política linguística para a internacionalização do Ensino Superior nas IES brasileiras. Conduzida como estudo de caso (GIL, 2008; COHEN; MANION; MORISON, 2018), de caráter qualitativo e de pesquisa documental, esta investigação foi guiada por dois objetivos secundários: 1) analisar a implementação do programa IsF em uma universidade brasileira à luz dos documentos oficiais da IES e do programa IsF; e 2) discutir e analisar as etapas de implementação do IsF de forma a auxiliar futuros gestores de programas no suporte à internacionalização do Ensino superior nas IES brasileiras. Como subsídios para a realização deste estudo, foram coletados dados a partir dos documentos oficiais da referida instituição e do programa IsF. Os dados foram tratados pelos procedimentos metodológicos da Análise de Conteúdo de Bardin (2006) e da Análise Comparativa de Given (2008), que possibilitaram a divisão de cinco eixos basilares de programa que promovem política linguística em IES, sendo três desses eixos, foco desta tese: 1) a articulação com os centros do línguas das IES; 2) a ausência de uma política linguística e; 3) os agentes da internacionalização. Após separados os dados pela categorização das unidades de contexto seguindo as etapas sugeridas por Bardin (2006) de pré-análise, exploração do material e tratamentos dos resultados obtidos e interpretação dos dados, defendo a tese de que um programa que promove política linguística em IES será profícuo e cumprirá os objetivos propostos se houver um centro de línguas articulado com os propósitos de internacionalização apto a agregar em suas funções os propósitos desses programas; se houver uma política linguística institucional atuante agindo transversalmente na IES gerando dados e mapeamento que conduzam as ações de internacionalização na instituição e uma equipe de agentes da internacionalização atuando pontualmente no mapeamento fornecido pela política linguística por meio de uma divulgação influente e ininterrupta de modo a fortalecer a cultura da internacionalização no campus.

Descrição

Palavras-chave

Internacionalização, Idiomas sem Fronteiras, Política Linguística, Centro de Línguas, Agentes da internacionalização

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