Desenvolvimento de sistemas microencapsulados para liberação modificada de frutose-1,6-bifosfato e rutina e avaliação da sua eficácia in vivo em modelos de inflamação

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Resumo: O desenvolvimento de novos sistemas de liberação de fármacos é uma estratégia promissora para a melhoria do perfil biofarmacêutico de medicamentos O objetivo deste trabalho foi desenvolver sistema microencapsulado para modificação da liberação dos fármacos frutose-1,6-bifosfato (FBP) e rutina, com intuito de melhorar a eficácia terapêutica desses compostos Para atingir este objetivo, microcápsulas contendo rutina ou FBP foram preparadas pelo método de coacervação complexa e analisadas em relação a: a) morfologia das partículas por microscopia eletrônica de varredura; b) tamanho e distribuição das partículas pela técnica de dispersão de luz; c) eficiência de encapsulação pelo método de extração; e d) dissolução in vitro das microcápsulas contendo FBP Foi realizada análise por calorimetria exploratória diferencial (DSC) e difração de raios X para verificar a presença de fase amorfa A atividade analgésica e anti-inflamatória das formulações foi avaliada in vivo em modelo de inflamação induzida pela injeção intraplantar de carragenina em camundongos Swiss Os camundongos foram pré-tratados por via oral com rutina ou FBP microencapsuladas, rutina ou FBP não microencapsulada, ou microcápsulas sem fármaco, e submetidos ao estímulo com carragenina A intensidade da hiperalgesia mecânica e a formação do edema na pata foram avaliadas com analgesímetro digital e paquímetro, respectivamente O efeito anti-inflamatório e antioxidante de formulações tópicas contendo rutina microencapsulada também foi avaliado em modelo de inflamação cutânea induzida por radiação ultravioleta B (UVB) em camundongos sem pêlos e comparado com o fármaco não microencapsulado Para quantificação da FBP microencapsulada foi desenvolvido e validado um método por cromatografia líquida de alta eficiência As microcápsulas contendo os fármacos apresentaram forma esférica e tamanho homogêneo A eficiência de encapsulação das microcápsulas contendo rutina (fármaco lipossolúvel) foi de 76,9%, enquanto que para as microcápsulas contendo FBP (fármaco hidrossolúvel) o valor obtido foi de 25% No ensaio de dissolução in vitro das microcápsulas contendo FBP foi observado um prolongamento da liberação do fármaco quando comparado com o fármaco não microencapsulado No modelo de inflamação na pata induzida por carragenina em camundongos, as microcápsulas aumentaram a eficácia analgésica de ambos os compostos Neste mesmo modelo, as microcápsulas de FBP provocaram redução significativa do edema de pata No modelo de inflamação/estresse oxidativo induzido por radiação UVB, microcápsulas contendo rutina, administradas topicamente, apresentaram efeito anti-inflamatório e antioxidante Na análise por DSC e difração de raios X foi constatado que a rutina está dispersa em matriz polímerica amorfa enquanto que a FBP apresentou mudança da forma cristalina para amorfa, após o processo de microencapsulação A presença de fase amorfa, caracterizada pelos polímeros utilizados na preparação das microcápsulas, pode ter influenciado positivamente no aumento da eficácia terapêutica dos fármacos Sendo assim, a microencapsulação pode ser utilizada para modificação da liberação, contribuindo para o aumento da eficácia terapêutica dos fármacos rutina e FBP

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Palavras-chave

Medicamentos, Formas farmacêuticas, Inflamação, Dor, Tecnologia de liberação controlada, Drugs, Inflammation, Controlled release technology, Dosage forms

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