Efetividade de uma cartilha para incentivo à atividade física, aplicada por abordagens autoinstrucional e orientada, sobre variáveis comportamentais, de saúde e aptidão física de pessoas idosas da atenção primária à saúde

Data

2025-10-24

Autores

Santos, Adriana Pereira dos

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Resumo

A prática de atividade física é amplamente reconhecida como benéfica para a promoção da saúde em pessoas idosas. A educação em saúde, promovida por meio de cartilha educativa com abordagem metodológica autoinstrucional e acompanhamento profissional, pode favorecer que idosos atendidos na atenção primária à saúde tornem-se mais fisicamente ativos. Nesse contexto, esta dissertação teve como objetivo investigar se o uso de uma cartilha educativa voltada à orientação para um estilo de vida mais ativo, combinando abordagens autoinstrucional e orientada, contribui para ampliar o conhecimento sobre os benefícios desse estilo de vida e para melhorar indicadores de saúde e aptidão física de idosos atendidos na atenção primária à saúde (APS). Participaram do estudo 75 idosos de ambos os sexos, fisicamente independentes, recrutados em uma Unidade Básica de Saúde do município de Prado Ferreira-PR, em um ensaio clínico randomizado. Os participantes foram alocados aleatoriamente em dois grupos de intervenção: o grupo que utilizou a cartilha de forma autoinstrucional (AUT) e o grupo que utilizou a cartilha com orientação de uma fisioterapeuta (ORI). As intervenções tiveram duração de 12 semanas e foram conduzidas em quatro etapas: avaliações iniciais, randomização, intervenções e reavaliações. Os dados foram coletados por meio de avaliações que mensuraram percepções dos idosos sobre as contribuições da cartilha à saúde, além de variáveis relacionadas à cognição, fragilidade, sintomas depressivos, aptidão física, nível de atividade física e comportamento sedentário. Os resultados indicaram que ambos os grupos avaliaram positivamente o material educativo; contudo, o grupo ORI relatou maior aquisição de conhecimentos sobre a prática de atividade física em comparação ao grupo AUT (60% versus 4%), mais benefícios na saúde mental (17% versus 0%) e maior redução de dores (23% versus 0%). Além disso, ambos os grupos apresentaram melhorias na cognição (p=0,020), redução nos escores de fragilidade física (p=0,049) e melhor desempenho físico em todos os testes aplicados (p<0,05). Embora ambos os grupos tenham apresentado progressos na aptidão física após as intervenções, o grupo ORI obteve desempenho superior no teste Timed Up and Go (TUG) (ORI: pré=11,6±3; pós=9,8±2,3; AUT: pré=11,1±7,7; pós=10,7±8,2; p=0,010). Concluímos que os idosos participantes avaliaram positivamente a cartilha educativa para a promoção de uma vida mais fisicamente ativa. O uso da cartilha, tanto pelo método autoinstrucional quanto orientado, contribuiu para a melhora nos indicadores de saúde e aptidão física, sendo que algumas variáveis apresentaram vantagens específicas para a abordagem orientada

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Palavras-chave

Pessoa idosa, Atividade física, Educação em saúde, Aptidão física, Atenção primária à saúde, Exercícios físicos, Comportamento sedentário, Saúde mental

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