Mudança na situação conjugal e associação com a incidência e manutenção de comportamentos positivos de saúde : estudo Vigicardio (2011-2015)

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Evedove, André Ulian Dall

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Resumo: Introdução: Algumas evidências apontam que a situação conjugal está associada a indicadores de saúde, em geral, indicando que pessoas com companheiros/as (casadas ou em união estável) possuem menores taxas de morbimortalidade se comparadas às pessoas sem companheiros/as (solteiras, divorciadas/separadas ou viúvas) Entretanto, existem poucos estudos epidemiológicos e longitudinais que associam a transição conjugal com comportamentos de saúde, principalmente na América Latina Objetivo: Verificar a associação entre mudança na situação conjugal com a incidência e a manutenção de comportamentos positivos de saúde Métodos: Estudo longitudinal prospectivo, que faz parte do projeto: “Incidência de mortalidade, morbidade, internações e modificações nos fatores de risco para doenças cardiovasculares em amostra de residentes com 4 anos ou mais de idade em um município de médio porte do Sul do Brasil: Estudo coorte Vigicardio 211-215” realizado com indivíduos de 4 anos (em 211) ou mais residentes em Cambé/PR Para este estudo, participaram 883 pessoas nos dois momentos da pesquisa As variáveis dependentes foram: atividade física no tempo livre, consumo de frutas, consumo de verduras e legumes, tabagismo e consumo abusivo de álcool Foram ainda realizadas análises com a combinação (análise de simultaneidade) dos comportamentos relacionados à saúde considerados A variável independente foi a situação conjugal, comparando-se a situação de cada sujeito nos quatro anos do estudo Assim, os sujeitos foram divididos em quatro grupos Grupo 1: pessoas que tinham companheiro(a) nos dois momentos (n=583); Grupo 2: pessoas que tinham companheiro(a) em 211, mas não em 215 (n=72); Grupo 3: pessoas que não tinham companheiro(a) nos dois momentos (n=24); Grupo 4 (n=24): pessoas que não tinham companheiro(a) em 211 mas tinham em 215 Assim, o grupo 1 e 3 manteve a mesma situação conjugal, enquanto os grupos 2 e 4 teve transição na sua situação conjugal A análise dos dados, foi feita aos pares (grupo 1 x grupo 3; e grupo 2 x grupo 4), de modo a melhor explorar a possível associação da manutenção ou incidência de comportamentos positivos com a mudança na situação conjugal Além das variáveis dependentes e a independente, foram consideradas as seguintes variáveis de confusão: sexo, faixa etária, classe econômica e escolaridade Os dados foram analisados no Programa SPSS vs 19, através da regressão de Poisson bruta e ajustada Resultados: Os participantes que deixaram de ter companheiro(a) apresentaram menor incidência de abandono ao tabaco (RR:,29,IC95%:,12-,68), de consumo regular de frutas (RR:,43,IC95%:,2-,9) e de manutenção de pelo menos dois comportamentos positivos de saúde (RR:,8,IC95%:,7-,92) do que os sujeitos que tinham companheiro(a) nas duas coletas Já os participantes que passaram a ter companheiro(a) tiveram maior incidência de pelo menos um comportamento positivo de saúde (RR:1,76,IC95%:1,7-2,88) e maior incidência de consumo regular de frutas (RR:2,42,IC95%:1,4-4,18) comparados com aqueles que não tinham companheiro(a) em 211 e 215 Por outro lado, vale mencionar que algumas variáveis dependentes, especificamente: atividade física no tempo livre e consumo de verduras e legumes não se mostraram associadas à mudança na situação conjugal Conclusão: Tais resultados são importantes para um melhor planejamento do cuidado à saúde

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Palavras-chave

Promoção da saúde, Hábitos de saúde, Atitudes em relação à saúde, Situação conjugal, Health promotion, Health habits, Marital status, Health attitudes

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