Protocolo de sepse pediátrica : conhecimento dos profissionais e estudantes antes e após implantação em hospital público

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Resumo: Introdução: A sepse é uma doença reconhecida como um problema de saúde pública e um desafio para as organizações de saúde por estar entre as principais causas de morte de pacientes hospitalizados em todas as faixas etárias Objetivo: Analisar o conhecimento dos profissionais de saúde e estudantes de medicina antes e após a implantação do protocolo de sepse em unidades pediátricas Método: Trata-se de um estudo quantitativo descritivo do tipo quase experimental (antes e depois) com médicos, internos de medicina, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, realizado no período de agosto de 217 a janeiro de 218, nas unidades pediátricas do Hospital Universitário de Londrina, Londrina, Paraná, Brasil Ocorreram três etapas: pré-intervenção: elaboração de protocolo adaptado do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS); intervenção: aplicação do pré-teste e, em seguida, aula dialogada em diferentes horários e turnos, momento em que participaram 151 profissionais de saúde e internos de medicina; pós-intervenção: atividades semanais, Quis sobre os temas abordados na aula dialogada e aplicação do pós-teste para 36 profisisonais de saúde O instrumento (pré e pós-teste) foi elaborado com questões objetivas de múltipla escolha, subdivididas em 5 bocos: caracterização e questões sobre a sepse: definição de sepse, sepse grave e choque séptico (Bloco1); infecções bacterianas/fúngicas que podem desencadear a sepse (Bloco2); os sinais de síndrome da resposta inflamatória sistêmica (Bloco3); tempo ideal para administração de antibiótico (Bloco 4); condutas imediatas (Bloco5) Os dados foram analisados no SPSS®, as variáveis categóricas apresentadas em frequências e, as quantitativas, em média e desvio padrão Para verificar associações aplicou-se o teste de qui-quadrado e nível de significância p<,5 Resultados: Acertos sobre definição de sepse totalizaram 94,4% entre internos de medicina, 83,3% médicos, 53,3% enfermeiros e 41,8% técnicos/auxiliares de enfermagem (p<,1) Quanto as infecções que podem desencadear a sepse se destacou com mais acertos a pneumonia/empiema (p<,1), ao contrário daquelas causadas em pele e partes moles (p<,1), porém o aumento de conhecimento entre técnicos/auxiliares de enfermagem foi de 5,6% para 55,6% e, o tempo ideal para início de antimicrobianos, 95,8% dos médicos, 88,9% internos de medicina, 73,3% enfermeiros e 63,3% técnicos/auxiliares de enfermagem (p<,1) Também aumentou o conhecimento dos enfermeiros em relação a infecção de prótese, de 28,6% para 85,7%, as infecção óssea de 14,3% para 71,4%, técnicos/auxiliares de enfermagem entre as infecções que podem evoluir para sepse pediátrica como infecção de pele e partes moles, de 5,6% para 55,6% Após a intervenção houve mais de 5% de acertos entre enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem e a definição de choque séptico apresentou a maior porcentagem de acertos (p<,1) Apenas 42% dos médicos conheciam o protocolo de sepse pediátrica do ILAS e, quase a totalidade, afirmou não ter participado de treinamentos sobre sepse em crianças Conclusão: Todas as categorias sofreram melhoras Após a intervenção houve aumento significativo do conhecimento sobre sepse das três categorias profissionais quando comparado ao pré-teste, em especial, entre os enfermeiros e técnicos/auxiliares de enfermagem A educação permanente é necessária para o aprimoramento do conhecimento, para a detecção e tratamento em tempo oportuno para reduzir as elevadas taxas de morbimortalidade de sepse em crianças

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Palavras-chave

Septicemia nas crianças, Protocolos médicos, Crianças, Doenças, Pessoal da saúde pública, Septicemia in children, Protocols in medicine, Children - Diseases, Health manpower - Treatment

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