Antigenúria, níveis de anticorpos específicos e análise histopatológica de pulmões em ratos experimentalmente infectados com Paracoccidioides lutzii e Paracoccidioides brasiliensis
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Chiyoda-Rodini, Franciele Ayumi Semencio
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Resumo
Resumo: Paracoccidioides brasiliensis e a nova espécie Paracoccidioides lutzii são os agentes causadores da paracoccidioidomicose (PCM), importante micose sistêmica amplamente distribuída na América Latina A glicoproteína Gp43, é o principal fator de virulência e é considerada padrão ouro no diagnóstico de P brasiliensis Porém tal glicoproteína é expressa em níveis não detectáveis em isolados de P lutzii, além disso, os dados relativos ao desenvolvimento da doença por PCM devido a esses fungos são escassos No presente estudo, comparou-se o efeito da infecção em ratos pelo fungo P lutzii (LDR2), não produtor de gp43 e por P brasiliensis (Pb18) Grupos de 5 ratos Wistar infectados (3x16 leveduras, iv) e grupo controle inoculado com PBS, foram eutanasiados 14, 28 e 56 dias após a infecção As amostras de urina foram analisadas por eletroforese, imunotransferência (IB) e a concentração de antígenos urinários totais e de gp7 determinados por ensaio imunoenzimático competitivo indireto (icELISA), utilizando anticorpos policlonais antiCFA de P lutzii e anti-CFA de P brasiliensis e anticorpo monoclonal anti-gp7, respectivamente Os níveis séricos de anticorpos IgG foram avaliados por ELISA e análise histológica de pulmão por coloração com Grocott Por eletroforese e IB, observou-se perfil distinto de bandas de antígenos entre as infecções por P lutzii e P brasiliensis Por icELISA, os níveis urinários de antígenos totais (CFA) foram significativamente maiores em ratos infectados por P brasiliensis em relação ao P lutzii, em todos os períodos analisados (P<5) Houve aumento em níveis de gp7 em todos os períodos analisados para ambos os grupos infetados, em relação ao grupo controle (p<5), porém em 28 dias de infecção o nível foi maior em infectado por P lutzii (p<5) Níveis séricos elevados de anticorpos IgG foram detectados em ambos, porém significativamente mais elevado em infectados por P brasiliensis (p<5) Pela análise histológica foi observada a presença de fungos em todos os 8 períodos em ambos os grupos, todavia em maior quantidade em animais infectados por P brasiliensis Pb18 Em conclusão, P lutzii (LDR2) possivelmente induz a PCM doença controlada, menos grave que a induzida por P brasiliensis em ratos, o que requer mais estudos Este estudo evidenciou pela primeira vez os principais antígenos P lutzii presentes em urinas de ratos infectados com P lutzii (LDR2)
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Palavras-chave
Paracoccidioidomicose, Antígenos, Virulência (Microbiologia), Patologia experimental, Paracoccidioidomycosis, Antigens, Virulence (Microbiology), Experimental pathology