Cardiomiopatia hipertensiva em cães : ecodopplercardiografia e diferenças entre machos e fêmeas
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Benedito, Geovanna Santana
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Resumo
Resumo: A doença renal crônica (DRC) é a principal causa de hipertensão arterial sistêmica (HAS) nos cães O coração é um dos órgãos-alvos da hipertensão, podendo gerar a cardiomiopatia hipertensiva Assim, objetivou-se caracterizar as alterações ecocardiográficas de cães com HAS secundária à DRC e, caracterizar as possíveis diferenças em decorrência do gênero e do estado reprodutivo das fêmeas Este é um estudo transversal, no qual foram avaliados quarenta e um cães, sendo vinte e dois saudáveis compondo o grupo controle (GC) e dezenove com HAS secundária à DRC (GHAS), os grupos foram subdivididos em subgrupos de machos (GM) e fêmeas (GF) e as fêmeas em castradas e não castradas Foram realizados aferição da pressão arterial sistêmica (PAS) pelo método Doppler vascular, exames laboratoriais (creatinina, ureia, fósforo, urinálise e relação proteína/creatinina urinária (UPC)) e ecocardiografia convencional, os exames foram realizados no dia da admissão do paciente As mensurações foram realizadas pelo mesmo avaliador e em triplicata Os valores de PAS, dos parâmetros ecocardiográficos e de exames laboratoriais foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e posterior teste t (para comparação entre os animais normotensos e hipertensos) e análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey para comparação entre os subgrupos, para as variáveis que apresentaram distribuição paramétrica Para as variáveis que apresentaram distribuição não paramétrica realizou-se teste de Mann Whitney Ademais, foi realizada correlação de Pearson entre os valores de PAS e as variáveis ecocardiográficos e correlação de Spearman entre os valores de PAS e valores de UPC As diferenças foram consideradas significativas quando o valor de p foi menor que ,5 A média de idade dos cães do GHAS foi 1,47 ± 1,6 anos de idade e a média de idade dos cães do GC foi 9 ± ,52 anos de idade, não havendo diferença entre os grupos Observou-se que não houve diferença significativa na PAS entre os subgrupos (machos vs fêmeas e fêmeas castradas vs não castradas) de pacientes hipertensos e normotensos Observou-se ainda que cães hipertensos apresentam maiores valores de espessura de septo interventricular em diástole (ESIVDN) e parede livre do ventrículo esquerdo em diástole (EPLVEDN) normalizados pelo peso em comparação com os cães saudáveis (ESIVDN GC: ,52±,1; GHAS: ,63±,3; p=,23) (EPLVEDN GC: ,48±,1; GHAS: ,6±,3; p<,1) Cães machos hipertensos apresentaram maiores valores de ESIVDN e de EPLVEDN em comparação com as fêmeas hipertensas (ESIVDN GM: ,7±,4; GF: ,57±,4; p<,5) (EPLVEDN GM: ,68±,3; GF: ,54±,3; p<1) Não houve diferença estatística na análise da função diastólica entre os grupos e subgrupos Assim como não houve diferença estatística para as mensurações ecocardiográficas na comparação de fêmeas castradas e não castradas Observou-se correlação positiva significativa entre os valores de PAS e os valores de EPLVEDN e UPC Conclui-se que cães com HAS secundária à DRC apresentam remodelamento miocárdico ventricular esquerdo, porém, a disfunção diastólica não foi confirmada Conclui-se que machos hipertensos apresentam maior grau de remodelamento miocárdico do que fêmeas e que o fato de serem castradas não interfere a interfere na patogenia da cardiomiopatia hipertensiva em cães
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Palavras-chave
Cardiopatias em animais, Cardiologia veterinária, Cães, Cardiopatias, Cães, Cardiac diseases in animals, Veterinary cardiology, Dogs - Heart disease, Dogs - Kidney diseases