Tracking da aptidão física relacionada à saúde entre a infância e idade adulta e relação com fatores de risco cardiometabólico

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Resumo: A aptidão física relacionada à saúde (AFRS) apresenta relação com desenvolvimento de fatores de risco cardiometabólico (FRCM) tanto na população adulta quanto na pediátrica Todavia, essas relações entre o período da infância e idade adulta ainda não são claras, assim como a associação com o aparecimento de fatores de risco Assim, o objetivo desse estudo foi analisar o tracking da AFRS entre a infância e idade adulta e a relação com fatores de risco cardiometabólico O estudo apresenta delineamento longitudinal, sendo que o baseline ocorreu anualmente entre 22 a 26, e o follow-up em 216 Participaram 15 adultos jovens, na faixa etária entre 21 e 25 anos, de ambos os sexos Medidas de massa corporal, estatura, espessuras de dobras cutâneas (?DC) e circunferência de cintura (CC) foram obtidas A composição corporal foi avaliada por meio do DXA Testes motores de sentar e alcançar (AS); abdominal (ABDO) e Shuttle run de 2 metros foram aplicados Análises bioquímicas foram obtidas mediante taxas de lipidograma, glicemia de jejum e HOMA-IR A pressão arterial foi avaliada com aparelho digital A atividade física foi mensurada por acelerometria e informações sociodemográficas por meio de questionários O coeficiente de correlação intraclasse (CCI) indicou que todas as variáveis da AFRS apresentaram valores considerados de moderado a elevado tracking (,37–,67; P<,5) entre o período analisado A adiposidade corporal na idade adulta apresentou relação positiva com o ?DC da infância (ß=,324; P<,1) e relação negativa com a aptidão cardiorrespiratória (ACR) na infância (ß=-,132; P<,1) O teste de SA na infância demonstrou relação positiva com a flexibilidade na idade adulta em ambos os sexos (ß=,663; P<,1) A resistência muscular na idade adulta apresentou relação positiva com os resultados na infância dos testes de SA, ABDO e corrida (P<,5) A ACR apresentou relação positiva com o resultado do teste de corrida na infância (ß=,554; P<,1) Com relação aos FRCM no grupo masculino a ACR da infância apresentou relação inversa com os triglicerídeos (ß=-,3; P=,4), insulina (ß=-,3; P=,5) e HOMA-IR (ß=-,3; P=,4) No sexo feminino verificou-se relação positiva do ?DC na infância com a CC (ß=,29; P<,1) e glicose (ß=,87; P<,1) na idade adulta Por outro lado, a ACR na infância apresentou relação positiva com a PAS na idade adulta (ß=,1; P=,31) Assim, conclui-se que a AFRS apresentou tracking moderado para o teste de ABDO e corrida, enquanto o teste de SA apresentou um alto tracking entre a infância e idade adulta Ainda, verificamos que a AFRS apresenta relação entre os valores da infância e a idade adulta, sendo que adiposidade corporal e a ACR na infância estão fortemente associadas à saúde cardiometabólica na idade adulta Níveis mais elevados de AFRS na infância promovem efeitos protetores de desenvolver FRCM mesmo entre aqueles com baixa AFRS atual, e reduzem o risco de FRCM nos indivíduos com alta adiposidade corporal na idade adulta

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Palavras-chave

Educação física, Aptidão física, Saúde, Fatores de risco cardiometabólicos, Physical education, Health, Cardiometabolic risk factors

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