O efeito da depressão na autoestima real e ideal : um estudo com o Implicit Relational Assesment Procedure (IRAP)

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Resumo: De acordo com os princípios da Análise do Comportamento autoestima pode ser compreendida como um autoconceito estabelecido por uma história de reforço social, incluindo contingências relacionadas ao reconhecimento pelo outro ou de autorreconhecimento Com base na Teoria das Molduras Relacionais (Relational Frame Theory - RFT) a autoestima pode ser compreendida em termos de relações dêiticas ou molduras relacionais de tomada de perspectiva, controladas por dicas contextuais e arbitrariamente aplicáveis a diferentes estímulos, produzindo uma relação positiva ou negativa Para avaliar essas relações foram desenvolvidos instrumentos de medidas de atitudes implícitas como o Implicit Relational Assesment Procedure – IRAP, que verifica a diferença de latência entre as escolhas realizadas pelo indivíduo de alguns pares de estímulos em relação a outros estímulos, em vez de solicitar autorrelatos Este estudo visou: (a) comparar as respostas relacionais referente à autoestima real e ideal, por meio do IRAP de participantes com e sem depressão; (b) explorar a correlação entre a pontuação obtida pelos dois grupos na Escala de Autoestima de Rosenberg EAR (medida explícita) e os quatro tipos de tentativas obtidas com o IRAP (medida implícita) Participaram do estudo 2 adultos com idade entre 21 e 45 anos, distribuídos em dois grupos, com e sem depressão Os instrumentos utilizados foram o Inventário de Depressão de Beck (BDI-II), EAR e o IRAP O estudo foi dividido em duas fases: (a) aplicação do BDI-II e do EAR, (b) aplicação do IRAP autoestima real e IRAP autoestima ideal As tarefas do IRAP apresentaram quatro estímulos na tela do computador No topo da tela foram apresentados os estímulos-alvo, consistindo em uma afirmação de aceitação (“Eu sou” ou “Eu quero ser”) ou negação (“Eu não sou” ou “Eu não quero ser”); no centro da tela os estímulos-rótulo negativos e positivos foram apresentados, os quais consistiam em um complemento da afirmação ou negação apresentadas como estímulos-alvo Os estímulos-rótulo apresentavam atributos pessoais positivos (eg, “Inteligente”) ou negativos (eg, “Inútil”); na parte inferior direita e esquerda da tela, eram apresentadas duas opções de resposta, “Verdadeiro” e “Falso” Os resultados mostraram que participantes com depressão diferem de participantes sem depressão quanto a autoestima avaliada pelo EAR (medida explícita) e apresentaram similaridades em relação a autoestima avaliada pelo IRAP (medida implícita) Outro indicativo que os resultados apontaram foi que os participantes com depressão apresentaram, na autoestima real, um viés de concordância frente a aspectos negativos; enquanto na autoestima ideal, esse viés de concordância foi frente a aspectos positivos Os participantes sem depressão não apresentaram diferenças quanto a autoestima real e a ideal, uma vez que mostraram um viés de concordância frente a aspectos positivos O IRAP foi capaz de capturar diferenças entre autoestima real e ideal nos diferentes grupos, o que demonstra sua validade como medida desses aspectos

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Palavras-chave

Análise do comportamento, Autoestima, Depressão mental, Testes psicológicos, Behavioral analysis, Self-esteem, Depression, Mental, Psychological tests

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