Caracterização citogenômica de espécies de Ctenidae (Araneae) : a importância do DNA repetitivo na diversificação cariotípica da família
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Rincão, Matheus Pires
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Resumo
Resumo: Aranhas são um dos mais diversos grupos de animais do planeta, presentes em praticamente todos os continentes, exceto na Antártida Contudo, citogeneticamente ainda existe uma grande lacuna dentro de Araneae, pois menos de 2% de todas as aranhas foram estudadas do ponto de vista cromossômico, somando um total de 867 espécies, em 74 das 12 famílias da Ordem Uma dessas famílias é Ctenidae, composta por algumas das maiores aranhas do mundo, com 519 espécies e 48 gêneros presentes em todas as florestas tropicais Apesar de serem amplamente conhecidas, com espécies de interesse médico, dentro de Ctenidae apenas 11 espécies tiveram seus cariótipos publicados Reconhecendo a necessidade de se ampliar os estudos citogenéticos nessa família, não apenas em número de espécies, mas também em número de marcadores cromossômicos, o presente estudo teve como objetivo analisar citogeneticamente 1 espécies distribuídas em quatro gêneros diferentes dentro de Ctenidae, sendo eles Ancylometes, Ctenus, Guasuctenus e Isoctenus Para isso foram utilizadas coloração com Giemsa, CMA3 e DAPI, bandeamento C, e a FISH com sondas de DNAr 18S e histona H3 Todas as espécies analisadas apresentaram 2n?=28 (26+X1X2), com exceção de Ancylometes concolor, com 2n?=26 (24+X1X2), o primeiro relato desse número diploide na família A morfologia cromossômica também se mostrou conservada, predominantemente composta por cromossomos acrocêntricos/telocêntricos, entretanto, três espécies, Isoctenus janeirus, I ordinario e I strandi, apresentaram cromossomos subtelocêntricos, o que sugere a ocorrência de inversões pericêntricas durante a evolução desses cariótipos, uma vez que apenas a morfologia dos cromossomos se alteram, e não o número diploide da espécie Em relação ao DNAr 18S, sete das nove espécies hibridizadas apresentaram apenas um par autossômico como portador dessa sequência, somente G longipes e I ordinario apresentaram dois pares portadores o que sugere, devido a posição basal dessas duas espécies na filogenia do clado que abriga Isoctenus, que este seja um padrão ancestral para o gênero Além disso, o presente estudo trouxe os primeiros dados de FISH com sondas de histona H3 em aranhas, hibridazadas em 9 das 1 espécies aqui analisadas, evidenciando esta sequência como um potencial marcador cromossômico para este grupo de animais
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Palavras-chave
Aranha, Citogenética, Heterocromatina, Cytogenetics, Heterochromatin, Spiders