A utopia nossa de cada dia : a construção utópica em Estorvo, de Chico Buarque

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Resumo

Resumo: O presente trabalho nasceu a partir da seguinte inquietação: estaria mesmo a literatura brasileira contemporânea contaminada pelo zeigeist da crise das ideologias, do fim das metanarrativas, enfim, de um mundo pós-utópico? Afinal, Jameson, em A Política da Utopia, observa, não sem pesar, que “a pós-modernidade está paradoxalmente entrelaçada à perda daquele lugar além de toda história (ou depois do seu final) que chamamos de utopia” (26, p16) Nesse sentido, a pesquisa volta-se para Estorvo (1991), o primeiro romance de Chico Buarque, com a pretensão de observar de que forma a utopia está empenhada na composição da narrativa, relativizando assim a afirmação de Jameson Para tanto, reputamos os conceitos de Karl Mannheim, Herbert Marcuse e Ernst Bloch enquanto trajeto para perseguir o componente utópico no romance A Dissertação foi dividida em três partes Primeiramente, buscamos articular as noções de utopia enquanto “espírito incongruente” (Karl Mannheim, 1976), enquanto “resistência” (MARCUSE, 1969) e “imaginação projectiva” (Ernst Bloch, 25) ao texto com a intenção de demarcar um caminho analítico viável com relação à construção utópica Em seguida, a partir de alguns textos que se concentram na literatura brasileira contemporânea, procuramos compreender o lugar devotado à utopia na produção literária recente, além de refletir sobre algumas assertivas feitas pela crítica especializada Por fim e sem deixar de lado as discussões anteriores, voltamo-nos para a análise do romance com a pretensão de elencar ao menos uma exceção ao que se convenciona dissertar com relação à utopia na literatura brasileira atual

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Palavras-chave

Ficção brasileira, Utopias na literatura, Brazilian fiction, History and criticism, Utopies in literature

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