Avaliação do efeito do extrato de Cordia verbenacea na inflamação e no estresse oxidativos induzidos por radiação UVB em camundongos sem pelo

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Resumo: A exposição a altas doses de radiação UVB solar provoca na pele inflamação e estresse oxidativo, podendo levar ao dano e à morte celular O controle do processo inflamatório, a inibição da produção excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROS) e a recuperação das defesas antioxidantes naturais do organismo são passos importantes para o controle dos danos induzidos na pele pela radiação UVB Cordia verbenacea é uma planta medicinal brasileira cujo uso popular como anti-inflamatória e antioxidante já vem sendo estudado e validado em vários modelos de doenças No entanto, existe uma carência de estudos experimentais investigando os efeitos desta planta em modelos de danos cutâneos causados por radiação solar Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é avaliar o potencial do extrato etanólico de folhas de Cordia verbenacea (ECV) em controlar os danos causados pela inflamação e pelo estresse oxidativo induzidos por radiação UVB A capacidade antioxidante do ECV in vitro foi avaliada por vários métodos, tendo o extrato demonstrado atividade sequestradora de radicais livres, quelante e inibidora da peroxidação lipídica (LPO) com os seguintes resultados: para 2,2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) apresentou IC5 19,128 µg/ml; para 2,2’ azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico)(ABTS) apresentou IC5 12,48 µg/mL; para inibição da produção de hidroperóxidos derivados do ácido linoleico apresentou IC5 1,2 µg/mL; para inibição de substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico (TBARS) apresentou IC5 8,9 µg/mL e para capacidade de quelação do ferro avaliada pelo ensaio da batofenantrolina apresentou IC5 47,35 µg/mL O extrato também inibiu a quimiluminescência gerada por radicais livres apresentando IC5 ,286 µg/mL para o método H2O2/Horseradish peroxidase (HRP)/luminol e IC5 ,42 µg/mL para o método xantina/xantina oxidase/luminol Para os ensaios in vivo camundongos sem pelo foram tratados oralmente (ECV 1, 3 ou 1 mg/kg, 3 minutos antes e imediatamente após a irradiação UVB) e tópico (,5 g de ECV 5% em creme Polawax®, 12 h, 6 h e imediatamente antes do começo da irradiação e 3 minutos depois) A administração, de ECV a camundongos sem pelo expostos a radiação UVB diminuiu o edema (tópico e oral 3 e 1 mg/kg), a infiltração de neutrófilos (tópico e oral 1, 3 e 1 mg/kg) e de mastócitos (tópico e oral 3 mg/kg), inibiu a produção das citocinas pró-inflamatórias TNF-a, IL-1ß e IL-6 (tópico e oral 3 mg/kg), a hiperplasia epidérmica (tópico e oral 3 mg/kg), e o aparecimento de queratinócitos apoptóticos (tópico e oral 3 mg/kg), controlou a produção de MMP-9 (tópico e oral 1, 3 e 1 mg/kg) e a consequente degradação do colágeno (tópico e oral 3 mg/kg) e, no caso do tratamento tópico, inibiu a expressão da COX-2 Com relação ao controle do estresse oxidativo, o ECV oral (3 mg/kg) aumentou a expressão dos genes ligados a resposta antioxidante fator nuclear eritróide-2 (Nrf-2), NAD(P)H quinona oxido-redutase 1 (NQO-1) e heme-oxigenase 1 (HO-1) e preveniu a formação de peróxidos lipídicos Tanto no tratamento oral (3 mg/kg) como no tópico, os resultados mostraram que o ECV foi capaz de aumentar o GSH e a atividade da catalase, inibir a formação de ânion superóxido e aumentar a capacidade de neutralização de radicais livres pela pele, após a exposição a radiação UVB Concluindo, os resultados desse estudo sugerem que o ECV pode ser considerado uma boa estratégia para controlar a inflamação e o estresse oxidativo induzidos pela radiação UVB e, dessa forma, reduzir os danos causados pela exposição solar à pele

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Palavras-chave

Antioxidantes, Flavonóides, Ácido rosmarínico, Plantas medicinais, Antioxidants, Flavonoids, Medicinal plants

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