Impacto clínico e econômico da infecção e resistência antimicrobiana em pacientes hospitalizados

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Resumo: Objetivo: Avaliar os aspectos clínicos e econômicos da infecção e resistência antimicrobiana nos custos diretos de pacientes hospitalizados Método: Tratou-se de um estudo retrospectivo, transversal com abordagem quantitativa, realizado em um hospital do sul do Brasil, terciário, de alta complexidade Se propôs a analisar o impacto das infecções e resistência antimicrobiana nas variáveis clínicas e custos hospitalares As variáveis foram acessadas dos prontuários eletrônicos de pacientes (idade =14 anos) que coletaram hemocultura e que permaneceram hospitalizados por período superior a 48 horas entre janeiro e dezembro de 217 Foram considerados microrganismos resistentes bactérias: Staphylococcus aureus resistente à oxacilina, Enterococcus spp resistente à vancomicina, bactérias Gram-negativas resistentes a pelo menos um antimicrobiano das classes: carbapenêmicos, cefalosporinas, fluorquinolonas e aminoglicosídeos Os dados foram extraídos do prontuário eletrônico e transportados para o programa Microsoft Excel® e posteriormente analisados por meio do programa SPSS® versão 2 A normalidade dos dados foi verificada por meio do teste de Shapiro-Wilk O teste U de Mann-Whitney foi utilizado para comparação de variáveis contínuas com distribuição não normal As variáveis categóricas foram comparadas com o teste Exato de Fisher Para todos os testes o valor de p<,5 foi considerado significativo Resultado: A amostra do estudo foi composta por 1164 pacientes que realizaram pelo menos uma hemocultura durante a hospitalização Destes, 22,42% (261) apresentaram pelo menos uma amostra positiva Dos 261 pacientes com hemoculturas positivas, 62,45% apresentaram o agente infeccioso resistente aos antimicrobianos em pelo menos uma hemocultura A hemocultura positiva foi mais frequente em pacientes que permaneceram hospitalizados por mais de 15 dias (p<,1), internados em unidade de terapia intensiva (p<,1) e associada a mortalidade (p<,1) As hemoculturas por microrganismos resistentes foram mais frequentes em pacientes internados em unidade de terapia intensiva (p=,17) e que permaneceram neste setor por mais de 15 dias (p<,1) A hemocultura por microrganismo resistente aumentou em duas vezes as chances de mortalidade quando comparadas aos pacientes com hemocultura por microrganismo sensível (p=,16) Pacientes com hemocultura positiva e por microrganismos resistentes apresentaram maior custo direto (total e diário) na hospitalização (p<,1), em comparação com pacientes com hemocultura negativa e com hemoculturas contendo microrganismos sensíveis Conclusão: As hemoculturas positivas e com agentes etiológicos resistentes aos antimicrobianos estiveram associadas a desfechos negativos como período prolongado de hospitalização e mortalidade, bem como no aumento dos custos diretos da hospitalização

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Palavras-chave

Pacientes hospitalizados, Infecção, Pacientes hospitalizados, Resistência antimicrobiana, Infecção hospitalar, Hospitalized patients - Infection, Hospitalized patients - Antimicrobial resistance, Hospital infection, Blood cultur, Pharmacoresistance

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