Reprodução do patriarcado versus subversão feminina : a mulher representada em contos de Henriette Effenberger

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Bonifácio Junior, Sebastião

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Resumo: Com a crítica feminista, surgem estudos voltados para as escritoras que aderem ou não à perspectiva de seus grupos durante o processo de criação Entende-se, a partir disso, que a literatura de autoria feminina pode aderir às pautas dos feminismos ou reproduzir o discurso patriarcal Observando-se esse aspecto, são analisados, no presente trabalho, alguns contos de Henriette Effenberger que abordem a problemática da opressão da mulher pelo patriarcado: “Linhas Tortas” (28), “Monólogo” (28), “Seja feita a sua vontade” (28), “A velha da sacola” (218), “Uma fantasia para Sofia” (218), “Feijoada completa” (218), “Açúcar e cravo-da-índia” (218), “Pai Nosso” (218), “Redenção” (218), “A curva” (28), “Às moscas” (28) e “O demônio quando quer fica bonito” (218) Tais contos são provenientes das coletâneas Linhas Tortas (28) e Fissuras (218), ambas da autora referida O nosso corpus propicia a representação de dois tipos de personagens femininas: as que reproduzem o discurso patriarcal e as que se filiam a ideologias voltadas para a emancipação da mulher Todavia, em se tratando da maioria dos textos, é perceptível que a resistência do patriarcalismo se sobrepõe à libertação das mulheres Assim, embora os discursos feministas estejam mais evidentes, é importante notar que a misoginia construída pelo meio social ainda impera sobre eles Desse modo, a nossa pesquisa tende a verificar a representação da mulher por meio do confronto entre a manutenção do sistema patriarcal e a capacidade subversiva de determinadas personagens femininas diante do falocentrismo Para tal, utilizamos as teorias de Simone de Beauvoir, Michelle Perrot, Pierre Bourdieu, Elaine Showalter, Francine Descarries, Rachel Soihet, Constância Lima Duarte, Carlos Magno Gomes, Lia Zanotta Machado Ademais, verificamos a necessidade de abordar outros trabalhos de teóricos da contemporaneidade que não se relacionam, diretamente, com os feminismos, mas cujo auxílio é de extrema relevância para as análises de nosso corpus Destarte, fornecemos um detalhamento sobre as dicotomias entre os não-lugares e os lugares antropológicos, de Marc Augé, e entre os espaços de fluxos e espaços dos lugares, de Manuel Castells Procuramos, também, pensar a respeito dos mecanismos memorialísticos pelas perspectivas de Jöel Candau e Beatriz Sarlo Dissertamos, ainda, quanto à violência na cultura brasileira, por intermédio do estudo de Tânia Pellegrini Enfim, a intersecção do arcabouço teórico com os textos literários analisados nos permite refletir sobre a condição da mulher na pós-modernidade

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Palavras-chave

Contos brasileiros, História e crítica, História e crítica, Crítica literária feminina, Patriarcado, History and criticism, Feminist literary criticism, Patriarchy, Women and literature, Short stories, brazilian

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