Fatores externos e polimorfismos em genes relacionados com a imunossupressão envolvidos no desenvolvimento do câncer cervical

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Aranome, Adriano Martin Felis

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Resumo

Resumo: O câncer cervical está entre os cânceres mais frequentes em mulheres no mundo todo, e em alguns países em desenvolvimento chega a ser a maior causa de morte por câncer na população feminina O sistema imunológico é fundamental tanto na resolução quanto no desenvolvimento de lesões pré-malignas e subsequentemente no câncer cervical Proteínas relacionadas à imunossupressão são fundamentais para a não exacerbação da resposta inflamatória e na contenção de possíveis danos, entretanto, um microambiente com baixa inflamação está frequentemente relacionado a um pior prognóstico, favorecendo o desenvolvimento do câncer do colo do útero A citocina fator de transformação do crescimento beta (TGFB) e o fator de transcrição Forkhead box P3 (FOXP3) são elementos fundamentais na regulação imunológica Considerando que polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) podem alterar a expressão da proteína, bem como sua eficiência, nosso objetivo foi avaliar os polimorfismos TGFB1 rs1847 e rs18471, como rs387465 no gene TGFBR2 e o rs3761548 no FOXP3, além de dados sociodemográficos, de características reprodutivas e comportamento sexual com o desenvolvimento do câncer do colo do útero Para isso, coletamos amostras do tumor do colo uterino de 49 mulheres com câncer cervical atendidas pelo Hospital de Câncer de Londrina e 17 controles livres de lesão cervical nas Unidades Básicas de Saúde de Londrina A detecção do HPV foi realizada por PCR, genotipagem dos polimorfismos por PCR-RFLP, características sociodemográficas e dados clínicos foram obtidos através de prontuários e um questionário estruturado Modelos de regressão logística ajustados para possíveis fatores confundidores foram utilizados para análise de associação e suscetibilidade, apresentando valores ajustados de Odds Ratio com intervalo de confiança de 95% O nível de significância adotado foi p<,5 Verificou-se que ter 4 ou mais parceiros sexuais durante a vida foi associado a estágios avançados da doença (p=,14) O não conhecimento sobre o HPV (p=,23) e suas formas de transmissão (p<,1), renda familiar de no máximo 1 salário mínimo (p<,1), ausência ou baixa escolaridade (p<,1), tabagismo (p<,1), ausência de outros testes preventivos no passado (p=,26), número de gestações (p=,17), número de partos vaginais (p=,2), nenhum parceiro sexual nos últimos 6 meses (p=,14) estão relacionados com o desenvolvimento do câncer cervical Para os polimorfismos, foram independentemente associados ao desenvolvimento do câncer cervical, o genótipo AA (OR=3,461 e IC95%=1,136 - 1,54; p=,29) do polimorfismo do FOXP3 rs3761548, o genótipo AG (OR=8,93 e IC95%=1,272 - 51,472; p=,27) e GG (OR=1,753 e IC95%=1,589 - 72,762; p=,15) do polimorfismo do TGFBR2 rs387465 Enquanto que o genótipo CT (OR=,133 e IC95%=,31 - ,576; p=,7) e TT (OR=,243 e IC95%=,62 - ,953; p=,43) nos modelos codominante e dominante (OR=,186 e IC95%=,52 - ,659; p=,9) para o polimorfismo rs1847 de TGFB foram relacionados à proteção contra o desenvolvimento do câncer cervical Nossos dados demonstram que SNPs em regiões de regulação do sistema imune podem ser utilizados como marcadores de suscetibilidade ao câncer cervical

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Palavras-chave

Colo uterino, Câncer, Polimorfismo (Genética), Imunologia, Vírus do papiloma, Cancer, Genetic polymorphisms, Immunology, Ceruix uteri

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